COLUNA POLÍTICA EM BRASÍLIA
Preços de remédios sobem até 10%: políticos não têm dó do trabalhador?
"O Bolsa-Saúde dos deputados teve 170% de reajuste, enquanto os medicamentos do cidadão comum subiram, em média, 10%". Leia o artigo de Romoaldo de Souza
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Parece mentira, mas lamentavelmente não é. Quem foi à farmácia nesta quinta-feira, 1º de abril, tomou um susto danado quando pediu os medicamentos de sempre e percebeu um aumento no preço dos remédios de 10%, aproximadamente. A resolução tinha sido determinada por um grupo de ministros que integram um colegiado chamado de (Cmed) Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
Mas enquanto isso o cidadão, que injustamente é chamado de contribuinte, e que tira do bolso o suado dinheiro para pagar tributos e manter a máquina pública funcionando, vai ficar ainda mais estarrecido, embasbacado, de boca aberta quando souber que a Câmara reajustou os valores de reembolso de despesas médicas de deputados federais. A medida foi assinada pelo presidente da Casa [Legislativa], Arthur Lira (PP-AL). A partir de agora, os parlamentares terão direito de reembolso de até R$ 135,4 mil. Até março, o valor era de R$ 50 mil.
O Bolsa-Saúde dos deputados teve 170% de reajuste, enquanto os medicamentos do cidadão comum subiram, em média, 10%. O que significa dizer que além de trabalhar mais para pagar a cesta básica de remédios que tomada diariamente, o trabalhador terá de dar duro para custear o benefício dos parlamentares. E isso, em plena pandemia.
É esse descaso com o cidadão que tem horas que dá uma vontade imensa de perguntar às autoridades: vocês não têm dó do trabalhador?
Pense nisso!