Aceno de Lula contra reforma trabalhista agita sindicatos. Mas terá respaldo?
Mesmo que não haja consenso entre os representantes dos trabalhadores, como por exemplo, na volta da contribuição sindical obrigatória, os sindicalistas entendem que é possível fechar questão contra alguns pontos
O encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, no fim do ano passado, quando selaram um pacto contra a reforma trabalhista no Brasil, e agora que o petista manifestou apoio à revisão de semelhante reforma no país europeu, agitou o meio sindical brasileiro, a ponto de levar as principais centrais sindicais a se organizarem para entregar aos candidatos à Presidência da República documento sobre a revisão da reforma trabalhista, aprovada pelo Congresso Nacional, promovida pelo governo de Michel Temer (MDB), em 2017.
Mesmo que não haja consenso entre os representantes dos trabalhadores, como por exemplo, na volta da contribuição sindical obrigatória, os sindicalistas entendem que é possível fechar questão contra o regime de trabalho intermitente, a necessidade de aprovação em acordos coletivos para contratações temporárias e a redução de jornada e salário.
A principal justificativa das centrais sindicais para proporem a revogação da reforma trabalhista é de que os argumentos usados pelo governo Temer de que ela iria contribuir para geração de emprego e renda não se concretizou, além de ter promovido enfraquecimento do movimento dos trabalhadores.
A chamada precarização das relações de trabalho e a gradativa redução da terceirização de mão de obra também farão parte do documento dos representes sindicais aos pré-candidatos.
É aquela história, o movimento sindical somente terá força e representativa se tiver o respaldo das categorias profissionais. Caso contrário, vamos continuar tendo alguns abnegados sindicalistas pregando no deserto.
Pense nisso!