Romoaldo de Souza

Trilha de "Os Caça-Fantasmas" volta às paradas de sucesso nos corredores da Câmara. Dallagnol assusta

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Romoaldo de Souza
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Romoaldo de Souza
Publicado em 09/06/2023 às 21:09 | Atualizado em 09/06/2023 às 22:24
Às vésperas do recesso parlamentar corredores e plenário do Congresso Nacional estão vazios. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
Às vésperas do recesso parlamentar corredores e plenário do Congresso Nacional estão vazios. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

“Os Caça-Fantasmas”, filmaço de 1984, com uma trilha sonora marcante, nunca foi o preferido do professor de Educação Física e Economista, Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR). O político paranaense, com sete mandatos nas costas, é mais chegado a um romance “Sessão da Tarde” e à reforma tributária. “É minha obsessão”, conta ele.

Mas depois de o Supremo Tribunal Federal formar maioria para conceder a Hauly o direito de substituir Deltan Dallagnol (Podemos-PR), na Câmara dos Deputados, a comissão da reforma tributária pode esperar. Hauly ainda vai ter muito pesadelo pela frente, cantarolando, por muitos dias, Ghostbusters com Ray Parker Jr. Como diz o jornalista Tales Faria, “Hauly terá Deltan [Dallagnol] como fantasma, assombrando seu mandato".

ESTÁ ABERTA A CAÇA AO “IMPEACHMENT” DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Ainda que com rara chance de prosperar, não deixa de ser inquietante que mal o governo tenha completado cinco meses de instalado já dormitam na mesa do presidente da Câmara oito pedidos de “impeachment”. O mais atual foi protocolado por um grupo de parlamentares, muitos deles aliados, com base no encontro do presidente brasileiro com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro. “Eu vou em lugares que as pessoas nem sabem onde fica a Venezuela, mas sabem que a Venezuela tem problema de democracia, que o governo ‘não sei das quantas’. Então, é preciso que você [Maduro] construa sua narrativa. Eu acho que, por tudo que nós conversamos, a sua narrativa é infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você”, disse Lula, segurando a mão de Maduro.

O outro argumento para tirar Lula do cargo de presidente da República seria “a violação do princípio da impessoalidade e da moralidade ao escolher seu advogado particular [Cristiano Zanin] para o Supremo Tribunal Federal”.

Deputados de três partidos aliados do governo, PSD (Agricultura, Pesca e Minas e Energia), MDB (Transportes, Planejamento e Cidades) e União Brasil (Comunicações e Turismo), assinaram requerimento que só vai adiante se o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP) quiser. No momento Lira só tem olhos para o Ministério da Saúde.


MESSIAS, O SUBSTITUTO DE LULA, É VAIADO NA MARCHA POR JESUS
Já sabendo que em alguns ambientes o “mar não está pra peixe”, quando o assunto é sua popularidade, o presidente Lula deu um não ao apóstolo Estevam Hernandes, organizador da Marcha por Jesus, na capital paulista. “Infelizmente não será possível participarmos deste ano. Mais do que nunca, precisamos estar unidos em torno dos valores propagados por Cristo”, disse Lula

O presidente, então, escolheu a dedo o seu substituto. Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União. Não poderia ter melhor nome. Acontece que mal Messias, o substituto de Lula, pegou o microfone e se animou em fazer a primeira saudação e ouviu uma sonora vaia. “Eu vim dizer para vocês que o nosso povo quer paz e que nós vamos trabalhar pela paz. Esse é o recado que o presidente pediu que eu trouxesse”. Se os evangélicos da Marcha por Jesus não pouparam nem Messias, imagine você o que estariam reservando para o presidente. Lula escapou fedendo!

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