Por "omissão" e "negligência operacional", toda a cúpula da PM do Distrito Federal está atrás das grades

A cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal passou a manhã desta sexta-feira (18), fazendo exame de corpo de delito. Logo cedo, antes do Sol dar as caras no Planalto Central, a Polícia Federal chegou à Quadra 205 da Cidade de Águas Claras, distante 19km do centro de Brasília, e foi logo dando um “baculejo” e prendendo sete integrantes de postos importantes da corporação, suspeitos de terem se omitido durante a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes - Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, em 8 de janeiro deste ano.

Em um dos diálogos que a coluna teve acesso, o coronel Klepter Gonçalves, que até hoje era comandante-geral da PMDF, compartilhou mensagens falsas, atribuídas ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) falando sobre o afastamento de “Xandão”. “Vamos restabelecer a ordem, se afasta Xandão [Alexandre de Moraes], se afasta esses vagabundo tudinho e ladrão, safado, dessa quadrilha”. O oficial usa um lema empregado pela Força Expedicionária Brasileira (FEB), durante a 2ª Guerra Mundial: “A Cobra vai Fumar”, como quem quer dizer que “agora o bicho pega”. O coronel Adão Teixeira é o novo comandante da PMDF.

À coluna, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse ter ficado “surpreso” com as prisão, inclusive do comandante geral da PMDF. “É uma decisão do ministro [Alexandre de Moraes] que nos pega de surpresa, afinal de contas nós já estamos há quase oito meses do acontecido no oito de janeiro”. Ainda conforme disse o governador “Temos que dar uma resposta também ao que aconteceu no oito de janeiro, e se essa é a resposta que o ministro Alexandre de Moraes entende necessário para o momento, a gente tem que compreender a decisão judicial e vamos acatá-la”, afirmou.

Foram presos na operação de hoje: os coronéis Jorge Eduardo Naime, Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa Gonçalves, Paulo José Ferreira, Marcelo Casimiro, o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.

NEM O STF IMPEDIU ASSASSINATO DE LÍDER QUILOMBOLA
Nem mesmo a proteção policial evitou o assassinato da líder quilombola, Bernadete Pacífico, morta a tiros, depois de uma emboscada, no quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA).

No início de julho, Bernadete esteve com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federa (STF). Ela teria relatado a situação de insegurança jurídica.

A região onde está o quilombo é recheada de conflitos econômicos que envolvem madeira nobre, royalties de petróleo, exploração de gás e uma represa da Embasa [Empresa Baiana de Águas e Saneamento] que inundou parte do território quilombola.

TSE QUER POR FIM NO ‘LARANJAL’ DOS PARTIDOS
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, promete para os próximos dias, normas para combater a fraude às cotas de gênero nas eleições municipais de 2024. “O TSE vai aprovar uma súmula com objetivo de padronizar os julgamentos, com jurisprudência destinada a auxiliar a Justiça Eleitoral no combate às fraudes.

A lei determina que partidos e coligações estão obrigados e destinar ao menos 30% de vagas para candidaturas de mulheres. “Havendo descumprimento desse diploma legal, poderá haver cassação do diploma de candidatos eleitos”, antecipou Alexandre de Moraes.

“BOLSONARO” ARGENTINO QUER EXPLICAÇÕES SOBRE JOIAS
Vitorioso nas eleições primárias argentinas, Javier Milei, agradeceu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que gravou um vídeo enaltecendo “as posições políticas, em defesa da família, da livre expressão,” "O apoio dele foi uma alegria. A verdade é que eu estou infinitamente grato ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo seu afeto, por se arriscar de maneira explícita e apoiar a minha candidatura, antes mesmo das eleições", disse o candidato da coalização La Libertad Avanza.

Milei mandou preparar um levantamento sobre todas as denúncias contra o ex-presidente brasileiro. Ele está organizando uma rodada de conversas com a imprensa internacional e sabe que os jornalistas brasileiros vão questioná-lo sobre sua proximidade com Bolsonaro.

HACKER VIRA BANDIDO DE ESTIMAÇÃO
O grupo próximo ao presidente Lula da Silva (PT) não esconde sua simpatia por políticos como o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ou o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega. Mas o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto mostrou que eles não se constrangem facilmente, não.

Com passagens pela polícia por falsidade ideológica, estelionato o “Hacker de Araraquara”, como é conhecido, virou o queridinho da esquerda, quando invadiu dispositivos eletrônicos de integrantes da Força Tarefa da Lavajato - incluindo o então juiz Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, procurador da República. Parte desse conteúdo adquirido ilegalmente foi parar nas mãos do jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil. A defesa de Lula usou as conversas pouco republicanas de Moro com Dallagnol e acabou salvando Lula da cadeia.

Durante depoimento na CPMI dos atos de 8 de Janeiro, Walter Delgatti foi efusivamente aplaudido pela esquerda, sempre que “revelava” uma trama urdida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para desacreditar a urna eletrônica.

Eles se merecem!