Romoaldo de Souza

PT estuda medidas para revisão do "impeachment" de Dilma Rousseff

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Romoaldo de Souza

Publicado em 27/08/2023 às 18:16
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Segundo o presidente Lula da Silva (PT) “é preciso ver como é que se repara uma coisa que foi julgada por uma coisa que não aconteceu”. De acordo com a Justiça: uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Lula quer a devolução simbólica do mandato de Dilma Rousseff (PT).

Tão logo o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou o arquivamento da ação de improbidade pelas "pedaladas fiscais”, no governo da petista Dilma Rousseff, a bancada do partido se assanhou no Congresso Nacional, pregando a revisão da história.

A presidente Nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), antecipou que pretende apresentar projeto confirmando que houve “um golpe”. “Com base na decisão do tribunal, que deixa claro que o “impeachment” foi uma grande farsa, que a história das pedaladas foi uma armação, literalmente um golpe”, afirmou.

No Senado, Teresa Leitão (PE) chegou a afirmar que as sessões de julgamento na Câmara dos Deputados e no Senado - neste caso comandada pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, não se trataram de “impeachment legislativo”. “A ex-presidenta (sic) Dilma foi inocentada, como nós prevíamos e como alguém já dizia desde o momento em que o seu “impeachment” foi votado. Foi golpe. E está comprovado. Parabéns pela resistência ao nosso ‘coração valente’”.

A JABOTICABA DO “IMPEACHMENT” 
Tão logo terminou a sessão do Senado Federal, naquele 31 de agosto de 2016, após 61 senadores votarem a favor do “impeachment” contra 20 votos para inocentar Dilma Rousseff, a cúpula do Partido dos Trabalhadores se reuniu e houve quem recomendasse que um senador petista entrasse com representação contra Lewandowski, alegando “condução duvidosa” do processo.

PENSANDO BEM
Dilma Rousseff ainda saiu no “lucro”. Por uma manobra que envolveu o presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), lideranças petistas e o próprio Ricardo Lewandowski a presidente perdeu o mandato, mas manteve os direitos políticos intactos.

O AMIGO DE LULA E O BAND-AID NO CALCANHAR DO GOVERNO
Sem trocadilhos, mas a situação do general Gonçalves Dias ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) faz lembrar o samba “Dois pra lá, dois pra cá” de João Bosco e Aldir Blanc (1946-2020)

“No dedo um falso brilhante

Brincos iguais ao colar

E a ponta de um torturante

Band-Aid no calcanhar”

O general G. Dias, segundo apurou a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), encaminhou informações desencontradas sobre o GSI, responsável pela segurança do Palácio do Planalto, um dos prédios depredados por manifestantes em 8 de janeiro. As informações apontam que teriam sido omitidas informações de 11 alertas enviadas ao general a respeito das emaças existentes de iminente invasão.
Na quinta-feira (31) G. Dias fala à CPMI. O presidente Lula e seus aliados no Congresso Nacional estarão em compasso de espera.
POR QUE ACHAR QUE ZANIN ENGANOU LULA
Três semanas de trabalho. Isso mesmo. Três semanas de trabalho e já tem petista morrendo de arrependimento por ter tratado o ex-advogado do presidente Lula, Cristiano Zanin, como “acertada indicação” ao Supremo Tribunal Federal.

A maioria dos votos de Zanin foi uma decepção para o “luloafetismo.” Ele esteve à direita em julgamentos relacionados à transfobia, ao porte de maconha para uso pessoal e aos direitos indígenas. Se arrependimento matasse!

MICHELLE BOLSONARO E O MEDO DE SER FICHADA NO SERASA
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro era conhecida na Ceilândia, cidade do Distrito Federal distante 30km do centro da cidade, como excelente promotora de eventos. “Vendia de tudo e era capaz de correr atrás de quem tentasse lhe engabelar,” como conta um de seus parentes por parte do pai, Vicente Reinaldo.

Agora, ao participar de evento do PL Mulher no Recife, ex-primeira-dama disse que sempre pagou suas contas “direitinho”.

“Senhor, me ensina a ser obediente. Eu sei que estou apanhando igual gente grande. Sempre paguei minhas contas direitinho, sempre tive medo de ir para o Serasa”.

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