.Governo promete retirar o Brasil do Mapa da Fome, mas o cadastro das famílias beneficiadas ainda é bem precário

O Brasil já integrou, saiu e voltou a entrar - em meio à pandemia da covid-19. Agora, o governo Lula diz que quer o país "definitivamente" fora do Mapa da Fome, importante política das Nações Unidas que leva em conta se uma determinada nação está executando ou não políticas voltadas para o enfrentamento à fome e à insegurança alimentar.

A primeira meta é, com base no CadÚnico, “rastrear famílias que estejam em situação de insegurança alimentar.” O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome planeja criar um sistema de monitoramento da desnutrição, como disse o ministro Welligton Dias. “Nós vamos tirar, de novo, o Brasil do Mapa da Fome e nós vamos, sim, reduzir a pobreza no Brasil ano a ano. E eu digo que já teremos resultados positivos a partir deste ano, com redução da fome”, assegurou.

O SILÊNCIO DOS INOCENTES
Era esperada a estratégia dos Bolsonaros - Michelle e Jair - de ficarem em silêncio, alegando que somente prestarão depoimento quando estiverem diante do “juiz natural competente”, em primeira instância da Justiça.

A defesa argumenta que o ex-presidente aguarda que o processo “desça” do Supremo Tribunal Federal (STF) para a Justiça de Brasília.

"Os peticionários, no pleno exercício de seus direitos e respeitando as garantias constitucionais que lhes são asseguradas optam por adotar a prerrogativa do silêncio no tocante aos fatos ora apurados", conforme uma nota assinada pelos advogados Paulo Amador Bueno e Daniel Tesser.

COM A LÍNGUA NOS DENTES
… Já o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, “parece que bebeu água de chocalho”, como diria minha avó, Joana Francisca da Conceição, quando uma pessoa falava demais.

Durante mais de oito horas, o oficial prestou depoimento sobre o escândalo da venda de joias presenteadas ao então presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A coluna apurou que caminha “a passos largos” a colaboração com as investigações para atenuar as penalidades de Mauro Cid.

CONGRESSO DEU UM PERDIDO EM SIMONE TEBET
Estava tudo pronto para que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, cruzasse a Esplanada dos Ministérios e fosse à sede do Congresso Nacional entregar o Projeto de Lei Orçamentária Anual - Ploa 2024. Só se esqueceram de combinar com o outro lado do balcão. Não havia uma autoridade para receber o documento. Simone desistiu de entregar fisicamente o documento, mandou o texto pela internet e recebeu os jornalistas no ministério. Isso chama-se deselegância.

SEGURA NA MÃO DE DEUS
Ao explicar os planos do governo com previsão de déficit zero em 2024, Simone Tebet entregou as expectativas nas mãos de Deus: “O futuro a Deus pertence, nós não sabemos diante do imponderável”. Ou seja, “fechar as contas no azul e não gastar mais do que arrecada”, pode ser peça de ficção.

APROVADO O SELO À EMPRESA AMIGA DA AMAMENTAÇÃO
Concedido a empresas que coloquem à disposição de empregadas que estejam amamentando “espaço e condições adequados para a amamentação ou extração de leite materno”, o selo “é uma maneira de incentivar a prática da amamentação”, conforme destacou a deputada Iza Arruda (MDB-PE).

Ela lembra que “além do estímulo à amamentação”, é importante esse ambiente reservado “para que as mães exerçam esse direito sem constrangimentos”.

PENSE NISSO!
A máxima nas redes sociais, geralmente atribuída a negócios afetados, com excesso de engajamento, é que quem lacra não lucra.

Esse argumento vale para a CPI das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados e para seus comandantes: Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e Ricardo Silva (PSD-SP, presidente e relator, respectivamente.

Semana passada, os dois dirigentes da CPI chamaram a imprensa para informar que pediriam à Justiça que o ex-craque da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho fosse conduzido à força para prestar depoimento, “por ter ignorado duas convocações”.

“Eu nunca recebi uma intimação desta CPI. Se vocês pedirem a prova [da convocação], verão que inexiste”, afirmou. Sobre a determinação da CPI de pedir apreensão de seu passaporte, Ronaldinho retrucou. “Não é verdade que eu pretendia deixar o Brasil para não participar da CPI”.

ÚLTIMAS
Um grupo de turistas visitava a Câmara dos Deputados, quando a guia apontou para uma estante recheada de lembranças doadas aos ex-presidentes da Casa. “Este é do Paraguai, aquele é da Rússia…”, quando uma adolescente, dessas que amarram o casaco na cintura, perguntou: “E as joias da Michelle [Bolsonaro]? Onde ficam?” Risos. Segue o cortejo turístico.