Romoaldo de Souza

CPI do MST depende da boa vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira. É dele a decisão de incluir no relatório um petista como investigado

MST nas mãos de Arthur Lira

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Romoaldo de Souza

Publicado em 19/09/2023 às 19:15 | Atualizado em 19/09/2023 às 19:22
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Em que nível chegamos! A CPI do MST está naquela de agoniza mais não morre ou como diz o ditado popular “nadou, nadou…”

Ricardo Salles (PL-SP), relator das investigações, tem munição de sobra contra o colega Valmir Assunção (PT-BA), apontado como “chefe” do movimento em seu estado. No gabinete do petista trabalham agitadores sociais que organizam invasões de propriedades privadas no sul da Bahia.

O problema todo de colocar o nome do petista no relatório é de abrir precedentes. Caso o petista sofra punição exemplar, aí é como se diz: vão abrir a porteira vai “passar a boiada”.

NA ONU LULA DISCURSA COMO ESTADISTA…
Já no retorno ao Brasil, o presidente fala como “nortista.” Lula da Silva (PT) reclamou de fortes dores “no espinhaço”. O Planalto nega, mas a coluna apurou que o retorno a Brasília foi antecipado em um dia porque as dores se intensificaram já na viagem de ida de Havana a Nova Iorque.

ESTRESSE MÁXIMO
A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal recebeu relatório médico apontando que o ex-secretário de Segurança Pública (DF) e ex-ministro da Justiça, no governo Bolsonaro (PL), Anderson Torres “apresenta instabilidade emocional”, mesmo estando em liberdade provisória. “Preocupações excessivas concomitante com situações de estresse agudo desencadeando algumas consequências,” aponta o laudo.


PENSE NISSO
Se é para o Supremo Tribunal Federal meter o bedelho toda vez que um depoente resolver que não quer ir prestar depoimento, é melhor, mesmo, apresentar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) e excluir as atividades das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

A decisão do ministro André Mendonça facultando ao tenente Osmar Crivellati comparecer ou não para prestar depoimento na CPMI dos Atos de 8 de Janeiro deixou a cúpula da comissão irritada. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), argumentou que “liminares recentes desobrigando a ida de depoentes ferem de morte as investigações quando nos retiram poderes próprios de investigação.”

Antes de Osmar Crivellati, o STF já tinha dado decisão nesse sentido. O ministro Nunes Marques vetou a ida de Marilia Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, para falar sobre documentos por ela preparados que nortearam ações da Polícia Rodoviária Federal no 2º turno das eleições.

Marília de Alencar teria elaborado mapas apontando regiões onde o candidato do PT, Lula da Silva, foi mais bem votado no 1º turno. A PRF intensificou ações de fiscalização naquelas regiões.O tenente Osmar Crivellati integrou a equipe de Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

ÚLTIMAS
A relatora da CPMI, Eliziane Gama, está com a cabeça a prêmio. O colega, Izalci Lucas (PSDB-PR) apresentou questão de ordem levantando a suspeição da senadora, “uma vez que sua imparcialidade resta comprometida, e, por conseguinte, [é preciso] promover o seu afastamento para que se proceda a escolha de um novo relator”, disse.

A alegação do tucano é de que um assessor da relatora teria se encontrado com o general Gonçalves Dias ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) antes de seu depoimento à CPMI. “Vem essa coisa de que eu teria combinado perguntas. Vejam, o que eles estão tentando colocar aqui não se sustenta”, rebateu Eliziane Gama.

FRASE DO DIA

“Homem tem binga e mulher tem tcheca”, deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que se apresenta como um “gay recuperado.”

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