Romoaldo de Souza

No toma lá, dá cá da política brasileira, Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre trocam favores para permanecerem em evidência

Secretário-executivo da Justiça se dá conta que o crime organizado tem suas próprias regras

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Romoaldo de Souza

Publicado em 06/10/2023 às 21:26 | Atualizado em 06/10/2023 às 21:30
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SAIU O CALENDÁRIO ELEITORAL
Faltando um ano para as eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as principais datas para o pleito. Ao todo são 152 milhões e 700 mil eleitoral de 5.568 municípios. Um novo cadastro de eleitores será atualizado em maio de 2024.

6 de abril - prazo para que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções;
6 de julho - prazo para os servidores públicos deixarem seus cargos;
20 de julho - prazo para início das convenções;
15 de agosto - limite para registro de candidaturas;
16 de agosto - início da propaganda eleitoral;
30 de agosto - início da propaganda no rádio e na TV;
26 de setembro - limite para que o eleitor quite multas para estar em dia para votar;
3 de outubro - fim da campanha eleitoral no rádio e na TV;
6 de outubro - 1º turno;
27 de outubro - 2º turno (onde houver);
1º de janeiro - posse de prefeitos e dos mais de 58 mil vereadores.

AS EMINHAS DO ALVORADA
“Você bem sabe que a ema quando canta.
Vem trazendo no seu canto um bocado de azar.
Eu tenho medo, pois acho que é muito cedo.
Muito cedo, meu benzinho, pra esse amor se acabar.”
(João do Vale)

Sem querer se deixar fotografar de muletas ou amparado por um andador, o presidente Lula da Silva (PT) resolveu “dar um cutucada” no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao publicar a foto da nova ninhada de emas nativas do Palácio da Alvorada.

“Olhem as eminhas que nasceram aqui no Alvorada. Elas vão crescer livres e sem o risco de serem ameaçadas com cloroquina”. Em meio à pandemia, Bolsonaro se deixou fotografar com uma caixa do medicamento que seus seguidores juravam ser “a salvação da lavoura”.

Parafraseando um amigo de Lula, o ócio precisa ser criativo, presidente.

POR QUE SERÁ?
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, andou afirmando que “O Brasil possui leis, possui regras, tem um Estado de Direito que precisa e será respeitado”. E, pareceu indignado quando soube que o crime organizado tem suas próprias regras. “Não tem cabimento a gente dizer que organizações criminosas cometem um crime e elas mesmas resolvem esse crime”. Pois é secretário, é assim no Brasil real.

FRASE DO DIA
“O apoio global e o reconhecimento da minha defesa dos direitos humanos fizeram com que eu fosse mais decidida, mais responsável, mais apaixonada e mais esperançosa”, disse Narges Mohammadi Prêmio Nobel da Paz de 2023.

É DANDO QUE SE RECEBEM OS FAVORES!
Ao que parece o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está mesmo em campanha para eleger Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como seu sucesso no comando do Senado Federal.

Ao jornalista Tales Faria, do UOL, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, não guardou segredos. “Rodrigo Pacheco está muito empenhado em fazer do Alcolumbre de novo o presidente do Senado”.

Alcolumbre presidiu o Senado de 1º de fevereiro de 2019 a 1º de fevereiro do ano seguinte. Parece acordo de compadres.

Resta saber o que Alcolumbre vai dar a Pacheco que sonhava com uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ficou sem padrinho. O Tribunal de Contas da União (TCU) poderia ser um “prêmio de consolação”. E assim caminha a humanidade que tem mandato em Brasília.

PENSE NISSO!
Imagine você, o trabalhador, a trabalhadora, saem todo santo dia para o trabalho - quando conseguem emprego - pagam seus impostos, ainda que indiretamente sem titubear e chegam no fim da tarde da sexta-feira pensando em dar uma esticada nas canelas, tomar uma lapada de pinga, uma “cerva gelada” e aí ficam sabendo que parte do seu dinheiro foi usado pelo Ministério da Saúde com uma dancinha sem escrúpulo, em ambiente público, debaixo de aplausos de desocupados e desocupadas.

Em nota, o Ministério da Saúde chamou de “coreografia inapropriada” e prometeu criar uma curadoria que vai escolher as apresentações que serão levadas para os próximos eventos.

“Uma das apresentações surpreendeu pela coreografia inapropriada. O Ministério da Saúde lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da Secretaria e nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizados no encontro, e adotará medidas para que não aconteça novamente”.

É tarde! E que o PT não venha com suas despudoradas lorotas de achar que as críticas partiram da oposição e de grupos radicais bolsonaristas, como tentou fazer crer a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PR). Não, deputada, as críticas partiram dos brasileiros de bom senso. O resto é conversa [a]fiada! Deve ser isso que o governo do PT chama de empoderamento da cultura popular.

PS: para quem não assistiu ao grotesco espetáculo, trata-se de uma jovem, com seus 23 anos, trajando uma curta roupa vermelha, dançando um funk e a plateia cantando um trecho da “música” “Batcu” de Valesca Popozuda. “Toca o batcu, toca o batcu. Toca, toca, toca, toca, toca”.

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