Romoaldo de Souza

Lula dá sinais de que não leva a sério a importância da meta fiscal

Congresso reage à fala nada ortodoxa do presidente da República

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Romoaldo de Souza

Publicado em 30/10/2023 às 23:29
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LULA DERRAPA FEIO E HADDAD DESCONVERSA
… pior ainda. Na última sexta-feira (27), o presidente Lula da Silva (PT), disse que “dificilmente” o seu governo vai alcançar a meta de zerar o déficit das contas do governo, em 2024.

Três dias depois, vendo a Bolsa de Valores derreter e o dólar explodir, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou a crise de falta de credibilidade que o próprio presidente da República passa ao país, e assegurou que Lula tem compromisso com as metas estabelecidas.

"Não há, da parte do presidente, nenhum descompromisso, muito pelo contrário, se ele não estivesse preocupado com a situação fiscal, não estaria pedindo apoio da área econômica para orientação das lideranças do Congresso", disse Haddad.

FREIO DE ARRUMAÇÃO
Algum congressista, com um certo ar de responsabilidade, precisava, mesmo, colocar o presidente da República no seu devido lugar e deixar claro que apesar de pensar que tudo pode, Lula não está com essa bola toda e que deputados e senadores não permitirão atos de irresponsabilidade fiscal, conforme vem pregando.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deixou claro que quem entende do riscado é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a quem está confiada a meta de não jogar o país no atoleiro que o PT fez no governo de Dilma Rousseff, que resultou no seu “impeachment”.

“Devemos seguir a orientação e as diretrizes do ministro da Fazenda, a quem está confiada a importante missão de estabelecer a política econômica do Brasil. Ir na contramão disso colocaria o país em rota perigosa”.

Segundo Pacheco essa “aventura” irresponsável de Lula não terá o aval do Parlamento.

“O Parlamento tem essa compreensão e buscará contribuir com as aprovações necessárias, com as boas iniciativas e perseguindo o cumprimento da meta estabelecida,” afirmou.

CADÊ RAQUEL?
Embora não tenha sido confirmada nenhuma reunião (o que não é nenhum novidade) da governadora de Pernambuco com integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, além dos três senadores pernambucanos, há quem defenda a presença de Raquel Lyra (PSDB) em Brasília por esses dias de votação da reforma tributária.

É o mínimo, confidenciou um membro da CCJ. A governadora bem sabe como político gosta de afago.

OS LIVROS E O PT
A pretexto de prestar homenagem ao Dia Nacional do Livro, celebrado no domingo (29), o PT compartilhou nas redes sociais uma imagem, com frase usada por Lula na campanha eleitoral, mas escorregou feio e “confundiu” a palavra distribui. Acabou publicando “um Brasil que “distrubui” livros em vez de armas”.

MST COM UM PÉ NA FAIXA DE GAZA
“Um pé, uma mão e nosso coração”, disse à coluna um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que preferiu não se identificar.

Nesta segunda-feira (30), partiu um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com cerca de duas toneladas de mantimentos, remédios e material de higiene, doados pelo MST.

Quando o assunto é insegurança alimentar, o Brasil tem mais de 20 milhões de pessoas passando fome.

PENSE NISSO
Embora os fatos demonstrem o contrário e os acontecimentos mostram que o secretário está por fora, o governo ainda não tem uma definição sobre a criação do 39º ministério que surgiria a partir da divisão da Justiça e Segurança Pública.

O secretário-executivo da Justiça, Ricardo Cappelli, disse que “não existe esse debate”, mas lideranças governista confirmam que o presidente Lula vem alimentando a ideia desde que percebeu que as duas pastas justam não surtiram o efeito esperado e a violência no país cresce a passos largos.

Os contrários, inclusive a primeira-dama, Rosângela da Silva, argumentam que, havendo a divisão, o atual secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, ficaria sem função.

A pergunta de quem convive com a violência é se o cidadão vai continuar na mão das milícias, do crime organizado, do novo cangaço, enquanto as autoridades discutem suas necessidades próprias. Se é que você me entende.

Pense nisso!

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