Romoaldo de Souza

Com o crime organizado dando as cartas, governo federal lança mão da GLO

Ministro da Justiça diz que tropas federais não substituirão polícias

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Romoaldo de Souza

Publicado em 01/11/2023 às 20:09
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GLO DO BEM
Para quem tinha dito que “Enquanto eu for presidente, não tem GLO. Não quero Forças Armadas nas favelas, não vai ter intervenção”, até que o presidente Lula da Silva (PT) se convenceu de que o crime organizado não pode ser enfrentado somente pelas policias estaduais.

"Esse decreto ele estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado, e por isso estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para o porto do Rio de Janeiro, porto de Santos, porto de Itaguaí, aeroporto do Galeão e aeroporto de Guarulhos. “Com isso, Polícia Federal ampliará as ações de inteligência e as operações de prisões e apreensões de bens pertencentes às quadrilhas e milícias, especialmente no Rio de Janeiro”, disse o presidente.

Pelos próximos 180 dias, será aplicada a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro e Guarulhos, em São Paulo. A medida será implantada, também, nos portos de Santos, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Itaguaí (RJ).

MAS, COMO SERÁ?
“Temos dois eixos prioritários, o primeiro é a inteligência financeira, tirar dinheiro do crime organizado, e o eixo logístico, temos ponto de abastecimento de tráfico de drogas e armas em torno do Rio de Janeiro e no Rio de Janeiro”, como disse o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Serão 3.700 agentes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica “com poder de polícia”, conforme lembrou o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

NOS PORTOS
O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, aposta que a GLO vai “sufocar“ as ações do crime organizado.

“Estamos trabalhando um plano de enfrentamento do tráfico de drogas. Esse estudo será apresentado ao presidente [Lula], mas a ideia é sufocar esse tráfico nos portos e na atividades aeroportuárias”, afirmou.

OBRIGADO, PRESIDENTE
Numa rápida conversa, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) agradeceu ao presidente Lula pelas medidas anunciadas, acreditando que “as medidas podem contribuir para a segurança pública” do estado “sufocando a entrada de drogas e armas” por portos e aeroportos.

LULA RESSUSCITA DPVAT
Também chamado de seguro obrigatório, o DPVAT, que tinha sido extinto no governo de Jair Bolsonaro (PL), já poderá ser cobrado a partir do exercício de 2024, caso seja aprovado pelo Congresso Nacional.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que “Será criado um fundo mutualista privado cuja administração se manteria a cargo da Caixa [Econômica] em função de sua expertise com o modelo transitório do seguro DPVAT nos últimos 3 anos, bem como por sua ampla experiência na gestão e administração de diversos fundos relacionados a políticas públicas.”

BRASILEIROS EM GAZA À ESPERA DO RESGATE
Tanto as declarações atabalhoadas do presidente Lula, segundo as quais Israel seria responsável pelo morte de “milhões de inocentes”, como a insistência da diplomacia de resultado do governo brasileiro no Conselho de Segurança da ONU, são apontados como motivos para que mais de 30 brasileiros tenham sido excluídos das primeiras listas de estrangeiros a terem autorização para sair da Faixa de Gaza.

PENSE NISSO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), estão “de boas”, não é de hoje. O motivo que os fez ficar, assim, tão “unha e carne” é que Lira resolveu “apadrinhar” Haddad que vem sofrendo ataques da “artilharia pesada” do PT, seu próprio partido.

Em troca, o ministro da Fazenda “trabalhará” para cimentar o caminho do presidente da Câmara a uma das cadeiras no Senado Federal, em 2026. Para isso, Haddad vai operar para aproximar Lira do senador Renan Calheiros (MDB-AL) de quem está brigado.

Dos políticos é possível esperar tudo. Ou nada.

Pense nisso!

 

 

 

 

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