Na falta de proposta política, Michelle Bolsonaro sobe no palanque para criticar a primeira-dama
As regras de Lira, na Câmara, têm cada repercussão
MICHELLE CONTRA ROSÂNGELA
Assim, tirando os sobrenomes, pouca gente sabe de quem estou falando. Mas a ex-primeira dama Michel Bolsonaro atacou a atual, Rosângela Lula da Silva, mesmo sem citar nome. Michelle disse que tem gente que tem “vocação para o trabalho”, enquanto “a outra” gosta mesmo é de “viajar.”
“Eles continuam dando golpe, gastando o seu dinheiro para esnobar em viagens. Tinha viagem em que a mulher [do presidente] não precisa estar junto. A não ser que você tenha que fazer uma agenda conjunta”.
A pergunta que não quer calar: para que serve, mesmo, a primeira-dama. Isso vale, também para os primeiros-cavalheiros.
O XIS DA QUESTÃO
Mais 30 clubes de futebol, entre eles o Sport Club do Recife, assinaram manifesto contra projeto de lei que proíbe propaganda de casas de aposta nas camisas dos jogadores.
O PL de iniciativa do Poder Executivo estabelece proibição de propaganda de casas de apostas, sob o argumento de que “causa inquietação” no setor esportivo.
“Importante ressaltar que o correto endereçamento das mensagens publicitárias inerentes ao setor de apostas bem como o cuidado com crianças e adolescentes são temas extremamente caros aos Clubes signatários.”
Para os clubes que assinaram o manifesto, o projeto do governo federal é prejudicial ao esporte e contraria “os princípios da livre iniciativa e da liberdade de contratar.”
NEM PRECISA SER ASSIM
A gestão de Arthur Lira (PP-AL), no comando da Câmara dos Deputados, tem sido “cheia de dedos” e tem limitado a entrada de pessoas para assistirem às sessões - mesmo sendo na casa do povo.
A justificativa é a de que “é preciso o reforço da segurança para não expor os senhores parlamentares a situação de conflito”, conforme justificativa o ato da Mesa Diretora da Câmara.
Ou seja, em outras palavras, quanto mais distante estiver da sociedade organizada - se é que ela (ainda) existe - melhor para a integridade física dos deputados.
O OUTRO LADO
Atrás do plenário, há um pequeno salão com dez meses e 40 cadeiras, e uma placa encimada: “RESERVADA ÀS SUAS EXCELÊNCIAS OS SENHORES DEPUTADOS”. Quem é credenciado e convidados dos parlamentares podem sentar-se à mesa, mas não podem fazer pedido. Nem de um cafezinho meia boca, como é a bebida servida aos deputados.
Mas se você for autorizado a entrar na sala do cafezinho dos deputados, sentar-se à mesa e quiser fazer um pedido, não tem problema. É fácil passar por cima da norma. Basta fazê-lo em nome de um deputado. Por exemplo, você pede um café espresso (R$ 10) e um refrigerante (R$ 7) em nome do parlamentar. Você paga a conta, deixa o café ruim à mesa, toma o refrigerante e não vai precisar da presença de um deputado para liberar sua permanência.
É o tipo da regra imbecil feita para ser burlada.
SEIS POR MEIA DUZIA
Quando alguém critica a reação de Israel, justificando que é “judeu convertido”, faz lembrar o “tiozão do churrasco” que sempre repete: “não sou contra homossexuais. Até tenho um sobrinho gay…”
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Que fim levou o Conselhão que Lula (3.0) ressuscitou? Por enquanto só a conta para o contribuinte pagar. Nenhuma proposta importante foi levada adiante. “Mas também, até aqui foi cada tipo de proposta apresentada. Nada exequível”, disse um importante conselheiro, tomando um café com este colunista
PENSE NISSO
Não sei, não. Mas o MDB de Pernambuco marcha a passadas largas, para uma irremediável divisão.
Pense nisso!