Romoaldo de Souza

Lula parabeniza argentinos, mas omite o nome do presidente eleito Javier Milei

ANJ repudia ações de petistas nas tentativas de intimidar jornalista

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Romoaldo de Souza

Publicado em 20/11/2023 às 22:16
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ALCKMIN, O CONCILIADOR
O presidente Lula da Silva (PT), que cumprimentou os argentinas pelas eleições do último domingo, sem mencionar o candidato eleito Javier Milei, agora deve escalar o vice, Geraldo Alckmin, ou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para representar o Brasil na posse presidencial, em 10 de dezembro.

Uma fonte diplomática confirmou informações à coluna de que Lula somente vai telefonar cumprimentando Milei se o presidente eleito ligar, pedindo desculpas. Por vezes o presidente brasileiro age como se fosse presidente de honra do PT ou integrante do Diretório Acadêmico.

BOLSONARO COM A CORDA TODA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se limitou em divulgar nota elogiando a vitória de Milei, mas pegou o smartphone e fez chamada de vídeo, numa ligação com o presidente eleito da Argentina.

Testemunhada pelo filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a conversa girou em torno de acordos internacionais, Mercosul e a violência. O ex-presidente brasileiro prometeu “marcar presença” na posse de Milei.

PLURALIDADE NEGRA
Nas comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, ocorreu a primeira reunião da bancada negra integrada de parlamentares da esquerda, como o Psol e o PT, até legendas à direta como o União Brasil e o PL.

Coordenador do colegiado, o deputado Damião Feliciano (União Brasil-PR), disse que “o primeiro passo, o marco inicial” é levar adiante “a votação do projeto que torna 20 de novembro um feriado nacional”.

“Nós queremos organizar lutas e demandas da população negra que agora vai ter voz e voto no colégio de líderes. Você nunca viu isso”, disse.

NO PLANALTO, MEDIDAS PRO NEGROS
Ao anunciar medidas em favor da população negra, o presidente Lula disse que no seu governo tudo o que está sendo feito “é tentativa de recompor coisas que foram destruídas e recolocar no lugar coisas que foram tiradas,” afirmou.

Entre as medidas anunciadas pelo governo estão a titulação de territórios quilombolas, acordos de cooperação, fortalecimento de mídias negras. Segundo Lula essas ações representam o “pagamento de uma dívida histórica que a supremacia branca construiu".

CPI COBRA MARINA SILVA
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse não, alegando “compromissos anteriores” à CPI das ONGs para falar sobre denúncias levantadas pelo presidente da comissão, senador Plínio Valério do PSDB-AM. O requerimento era de convite, quando a presença não é obrigatória.

Segundo ele, órgãos ambientais e entidades internacionais estão querendo transformar a Amazônica em um “grande horto florestal e “se lixando para os moradores da região.” Consequentemente, “querem ficar bem perante os órgãos de financiamento” internacionais.

“Nossa expectativa é que a ministra possa responder e seja convincente nos questionamentos sobre órgãos ligados ao ministério, principalmente ICMbio e Ibama, que estão sob sua tutela. São os órgãos que mais praticam desmandos nesse País, principalmente nessas operações que chamam de desintrusão. Estão aniquilando famílias inteiras. Querem nos transformar em um horto florestal, se lixando para as pessoas que vivem na Amazônia”, disse.

Novo requerimento será votado na sessão desta terça-feira. Vindo a ser aprovado, a ministra do Meio Ambiente não terá como faltar à sessão.

A FRASE DO DIA…
… dos argentinos! “¡Que paliza!” Em bom português: que lapada que foi a vitória de Javier Milei sobre Sérgio Massa. 12 pontos percentuais de diferença. ¡Que paliza!

PENSE NISSO!
A sororidade seletiva de integrantes da esquerda brasileira é algo a ser estudado. Explicitamente, o Partido dos Trabalhadores agiu para intimidar uma jornalista porque o jornal em que trabalha publicou uma matéria que reportou a leniência do Ministério da Justiça com a “Dama do Tráfico Amazonense”, quando esteve reunida com assessores e secretários do ministro Flávio Dino.

Não se ouviu um piu nem de deputadas nem de senadoras tão zelosas quando o assunto é liberdade de imprensa - desde que o assunto não questione a fragilidade do governo que integram.

Bem fez a Associação Nacional de Jornais que repudiou os ataques a jornalista, afirmando que são práticas “características de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga”.

Ainda esperando uma moção de solidariedade das parlamentares em favor da jornalista Andreza Matais.

Pense nisso!

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