Romoaldo de Souza

CPI da Braskem não saiu do papel

Câmara quer saber o porquê da redução da dívida do "Menino de Dilma" junto ao Banco do Brasil

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Romoaldo de Souza

Publicado em 01/12/2023 às 21:15
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O LÓBI CONTRA A CPI DA BRASKEM
Para se requerer uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) são necessárias as assinaturas de 1/3 do total de parlamentares. Na Câmara são 171. No Senado 27.

Esse passo o senador Renan Calheiros (MDB-AL) já deu. Foram 45 assinaturas, 18 a mais que o necessário para ser criada. O segundo, também. A CPI foi protocolada e lida em plenário.

Com fatos determinados e prazo de duração dos trabalhos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que os partidos políticos deveriam indicar seus respectivos representantes nas investigações.

A CPI deve ter 11 senadores titulares e sete suplentes. Até aqui, os líderes do partidos não se manifestaram, exceto o MDB que já fez sua indicação. E assim, o lóbi contra a CPI da Braskem vai se fortalecendo.

O QUE FALTA?
Além de integrantes, falta boa vontade de um lado e prioridade de outro. Renan Calheiros escreveu no requerimentos que essa “investigação parlamentar deve se debruçar sobre os danos socioambientais provocados em Maceió (AL)” pela petroquímica que explora sal-gema no entorno da cidade.

O chão está cedendo, a situação é de calamidade, moradores tendo de deixar suas casa, largando tudo para trás, e o Senado de braços cruzados.

O ESPERTO ‘MENINO DE DILMA’
A Câmara pode ser chamada a investigar as condições de um empréstimo que o Banco do Brasil fez a Anderson Braga Dorneles, ex-braço direito da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Segundo dados apontados à Comissão de Fiscalização e Controle pelo deputado Kim Kataguiri (PL-SP), o “menino de Dilma,” como Anderson é conhecido em Brasília, teve redução de uma dívida com o BB de mais de 90%.

Anderson Braga Dorneles fez empréstimo de R$ 149,1 mil, dividido em 96 prestações. Não pagou a conta, ficou inadimplente e o valor pulou para R$ 202,2 mil. Hoje, o “menino” deve apenas R$ 15 mil, a serem pagos em dez suaves prestações.

MONTOU A BOMBA E ESTÁ SOLTO
O bolsonarista Alan Diego, condenado a cinco anos de prisã por tentar explodir uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasil, agora vai cumprir a pena em regime semiaberto.

No Natal de 2022, Alan Diego, George Washington da Silva e Wellington Macedo de Souza colocaram um artefato explosivo em um caminhão carregado de querosene de aviação. O motorista percebeu a bomba, parou o veículo e acionou a polícia. Não houve explosão.

PENSE NISSO!
O PL quer transferir o domicílio eleitoral de Michelle Bolsonaro para Curitiba no Paraná. O partido avalia que a ex-primeira-dama é o nome de peso para disputar um mandato tampão caso a Justiça Eleitoral casse o mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

A deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente Nacional do PT, também está sendo orientada a revisitar seu guarda-roupa para se colocar na dianteira das pesquisas eleitorais caso Moro perca o mandato.

Mas fontes da Justiça Eleitoral avaliam que como o ex-juiz da Lava Jato não foi cassado na mesma ocasião em que o deputado Deltan Dallagnol perdeu o mandato, hoje fica mais difícil retomar o processo.

Michele e Gleisi não querem nem saber. Ambas estão de olho no gabinete 4, da ala Affonso Arinos.

Pense nisso!

 

 

 

 

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