Governo apela e reforma do ensino média fica para o ano que vem
Oposição derrota governo e recursos para invasões de terra estão proibidos de serem liberados
NOVO ENSINO MÉDIO
Um apelo do ministro da Educação, Camilo Santana, comoveu o coração do relator do projeto e o deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) concordou em adiar o assunto para meados de fevereiro.
“A gente tinha maioria para aprovar o projeto, mas como temos disposição de negociação, ofertamos todas as possibilidades de debate possíveis. O ministro [Camilo Santana] fez um apelo, nós entendemos o apelo e esperamos para retomar o diálogo no início de fevereiro de 2024”, disse Mendonça Filho, à reportagem da rádio Jornal.
GOVERNO QUER MAIS DEBATE
O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), líder da maioria, disse que “o grande entrave” do relatório de Mendonça Filho “é a falta de debate”, por isso, adiar a discussão para fevereiro “é uma ideia iluminada”.
“O ensino médio é muito importante para o futuro do Brasil e, o debate aqui na Câmara dos Deputados foi pouco intenso. Por isso, considero importante deixar para o início do ano, até porque essa é uma matéria em que nós não podemos errar”, afirmou.
NÃO TEM MOTIVO
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que não vê motivo “para tanta pressa”, ao ser questionado sobre projetos do Senado Federal que tratam de decisões monocráticas tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O regimento da Corte já trata de limite de prazo para pedido de vista, além do mais é preciso resolver os impasses no diálogo e não por meio de PECs [propostas de emendas constitucionais]”, disse o presidente da Câmara.
PRAZO DE VALIDADE
Lira considera “um erro” votar uma mudança na Constituição Federal para estabelecer mandato de oito anos para ministros do STF. “O que devemos nos preocupar, agora, é com a campanha eleitoral. A Inteligência Emocional está aí e corremos o risco de que esse recurso acabe por desvirtuar os fatos que são condizentes com a realidade, com mensagens falsas”, afirmou.
“ABRAÇO DE TAMANDUÁ”
Se um tamanduá lhe der um abraço, entenda que, na verdade, não se trata de um gesto de carinho. Ao contrário. O animal está se sentindo acuado diante de um predador.
Um abraço do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) no ministro Flávio Dino, da Justiça, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, provocou uma onda de ciúme generalizada. E quase houve trocas de sopapos.
BATE-BOCA NO PLENÁRIO
Incomodado com a “traição”, de Mourão, o deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) partiu com gosto de gás, para o lado do senador. “Você foi vice-presidente do Bolsonaro…” Mourão não gostou da abordagem e rebateu: ”Não tenho medo. Aqui é [no] braço”.
"E você, acha que eu tenho medo de você só porque você é general, é?" questiona o deputado que costuma andar com uma bandeira do Brasil no ombro.
Mourão tinha ficado desapontado com Gilvan da Federal que publicou nas redes sociais uma reprimenda no senador: “Não podemos aceitar que em momentos como a sabatina do comunista Flávio Dino, tenhamos senadores que se elegeram na direita e na hora de votar, se ajoelham para a esquerda. Precisamos de senadores corajosos…”, escreveu Gilvan.
SEM DINHEIRO PARA MST
O governo Lula sofreu um revés no plenário do Congresso durante votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a pauta de apoio a movimentos que têm a reforma agrária como bandeira sofreu fragorosa derrota. Emenda apresentada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) proíbe o governo de “financiar atividades como invasão de terras produtivas”.
Para o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), a emenda bolsonarista “inaugurou um inusitado moralismo orçamentário. Nem Freud seria capaz de explicar tamanho nível de fixação pela pauta moral!”, disse o senador.
PENSE NISSO!
A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, usou a “live” do marido “Conversa com o Presidente” para defender regulamentação e a discussão da monetização das plataformas e disse que o empresário Elon Musk, dono do portal “X”, antigo Twitter, ”ficou muito mais milionário” no período de 90 minutos que a plataforma levou para derrubar a conta dela que tinha sido invadida por um hacker.
“Não importa se é do bem ou do mal, eles ganhando dinheiro tá tudo bem. Hoje, as redes sociais estão acima de qualquer coisa, de regras”.
Alguém precisa contar à primeira-dama qual é o tamanho do capital do senhor Musk e o que o X representa para ele.
Da mesma forma, é sabido que a primeira-dama faz parte do cordão dos “regulamentadores” de redes sociais no atual governo.
E quando essa gente fala em regulamentação é porque lhes faltam argumentos para defender a censura.
Pense nisso!