Romoaldo de Souza

Lula é chamado a manifestar apoio ao padre Júlio Lancellotti

Enquanto isso, 30% dos presos que passam festa em casa não retornam para a prisão

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Romoaldo de Souza

Publicado em 03/01/2024 às 20:26
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O PADRE É POP
A cúpula do PT vai pedir ao presidente Lula da Silva que dê uma demonstração de apoio, seria mais uma, ao trabalho do padre Júlio Lancellotti, conhecido militante em defesa dos moradores de rua de São Paulo (SP).

O apoio de Lula seria “demonstração de desprezo” a requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) para instalação, em fevereiro, da CPI das ONGs. O alvo de Rubinho são as ações do padre Júlio, mas o requerimento não explicita o nome do religioso católico. Nosso objetivo é “examinar as atividades desempenhadas” pelas organizações não governamentais e apurar “se elas estão sendo executadas de maneira satisfatória”, justifica o parlamentar.

O PADRE VISÍVEL
Em dezembro, o padre e o presidente se abraçaram no Palácio do Planalto quando Lula disse ser “emocionante” contar com o padre Lancellotti no lançamento do Plano Nacional Ruas Invisíveis.

“O padre Júlio Lancellotti é um homem de Deus que representa os valores de Cristo”. Era sinal de apoio ao sacerdote.

O ’SINCERICÍDIO’ DE LUPI
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, “cometeu” uma de suas verdades administrativas ao dizer que “é mentiroso” quem falar que vai por um fim nas incansáveis filas do INSS.

“Todo mês, entram 900 mil pedidos, 1 milhão de pedidos novos, então todo mês terão pelo menos 900 mil, 1 milhão de pessoas pedindo, e ninguém resolve assim. Tem de conferir documento, tem de ser justo”, diz o ministro. “Quem diz que vai acabar a fila é mentiroso”. Êpa!

LULA E O FIM DAS FILAS NO INSS
Lupi precisa (re)reler o chefe. Durante o período de transição, antes, portanto, de ocupar a cadeira que era de Jair Bolsonaro (PL), o presidente eleito chamou de “excrescência” o tempo “que um trabalhador leva na fila [da Previdência] para exercer seu direito [de aposentadoria]. Lupi, Lupi!

COM CÂMERAS
Toda vez que se escutam conversas nos “corredores de Brasília” [escrevi entre aspas porque é uma informação subjetiva], e o assunto é a sucessão no Ministério da Justiça e Segurança Pública, o nome do atual número dois, Ricardo Cappelli, surge facilmente.

Agora, o secretário-executivo do ministério está no meio de uma polêmica. Cappelli anunciou “para muito em breve” um pacote de normas nacionais para uso desses equipamentos nos uniformes dos policiais.

SEM CÂMERAS
Enquanto isso, governadores como Ronaldo Caiado, de Goiás; e, Tarcísio Freitas, de São Paulo - dois gestores de oposição - colocam em dúvida a eficiência das câmeras nos uniformes policiais.

OUVINDO O POVO
O ministério lançou, no fim do ano, consulta pública sobre os equipamentos. “Ideologizar o debate sobre segurança pública não faz bem ao Brasil”, escreveu Cappelli, em uma rede social.

PENSE NISSO!
Sempre que o país tem uma data importante: dia das mães, dos pais, das crianças, Natal e Ano Novo, e as ruas nas imediações de presídios ficam coalhadas de presos beneficiados com o “saidão”.

Estudo do professor de direito penal da PUC de São Paulo, Maurício Januzzi, indica que um em cada três presos não retorna do “saidão”.

A Lei de Execuções Penais (1984) diz que a “saída temporária” deve ser concedida “a pessoas privadas de liberdade em regime semiaberto que não foram condenadas por crimes hediondos que resultaram em morte”.

Proposta do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), já aprovada na Câmara, estabelece que quem vier a ser beneficiado pelo “saidão” deve ir para casa usando tornozeleira eletrônica. Falta a palavra do Senado Federal.

Pense nisso!

 

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