PF acorda deputado, rossando o fuzil no nariz dele

‘BATOM NA CUECA’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi aconselhado a não “meter o bedelho” da ação da Polícia Federal que acordou o líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ), com o fuzil roçando o nariz do parlamentar bolsonarista.

Quem teve acesso ao inquérito soube que Jordy trocou mensagens com manifestantes que organizavam bloqueios em rodovias federais, em protesto contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o inquérito, “foi apurado no curso da investigação, quando da análise das mídias, de dados obtidos nas contas de e-mail ou em fontes abertas, que Carlos Victor de Carvalho possui fortes ligações com o deputado federal Carlos Jordy, que transpassa o vínculo político, vindo a denotar-se que o parlamentar, além de orientar tinha o poder de ordenar movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região”.

SONO PESADO
Jordy gravou um vídeo, negando as mensagens e dando detalhes de como foi acordado pela PF, “com fuzil na cara”.

"Os agentes até foram bem educados, diziam que estavam fazendo o trabalho deles. Mas eu não sabia o que era, eu desconhecia o que era. Eles estavam buscando arma, celular, tablet. E pegaram, eu falei onde estava minha arma, pegaram meu celular. Tentaram buscar outras coisas que pudessem me incriminar, mas não encontraram nada. Queriam dinheiro, eu tinha R$ 1 mil aqui em casa", afirmou Jordy.

‘ME ENGANA QUE EU GOSTO’
O discurso “encomendado” feito pelo coordenador-geral da FUP (Frente Única dos Petroleiros), na retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima mostra como para alguns sindicalistas decisão judicial só é boa quando lhes beneficia.

Segundo Deyvid Bacelar, o atraso nas obras da refinaria se deu porque a Operação Lava Jato “cometeu crimes contra o Brasil”.

A retomada das obras “é a realização de um sonho, um sonho que tentou ser destruído pela operação Lava Jato e infelizmente teve o apoio de alguns brasileiros e brasileiras. Essa obra ficou paralisada por anos, um crime contra nossa Petrobras, um crime contra o Brasil”, disse o sindicalista que certamente prefere não saber o tamanho do rombo da corrupção cometido por alguns dos seus aliados, na estatal.

ROMBO BILIONÁRIO
As investigações da Polícia Federal, em 2015, apontaram perdas de R$ 42,8 bilhões na Petrobras, com base nos processos que apuraram “irregularidades investigadas pela Operação Lava Jato”.

No mesmo ano, o balanço da estatal atestou um rombo de R$ 6,2 bilhões. O resto, é conversa de “passapanistas” na corrupção.

PENSE NISSO!
A ação da Polícia Federal na casa e no gabinete do líder da oposição, deputado Carlos Jordy, “acendeu uma luz amarela” no Parlamento, segundo a deputada Carla Zambelli (PL-SP).

A inquietação dos oposicionistas - e de parlamentares do centro e da esquerda - é com as “investidas” do STF contra os parlamentares “democraticamente eleitos pelo povo”.

Os deputados querem “tirar do forno” uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar “abuso de autoridade” por parte do STF.

Não é a primeira vez nem será a derradeira, que congressistas falam em apurar excessos do Judiciário.

O Senado Federal, que tem poderes até para tirar um ministro do STF do cargo, nunca se mexeu nesse sentido, imagine uma Câmara fragilizada.

Pense nisso!