Romoaldo de Souza

Lula reduz embaixada do Brasil em Israel a um escritório de segunda

Assessor de Lula diz que Israel foi "ultrajante" com Brasil

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Romoaldo de Souza

Publicado em 19/02/2024 às 23:05 | Atualizado em 19/02/2024 às 23:08
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CRISE DIPLOMÁTICA
Nem a declaração do governo israelense, dizendo que o presidente Lula da Silva (PT) tornou-se persona non grata por suas declarações imprudentes sobre reação de Israel aos ataques do grupo guerrilheiro Hamas, nem isso mexeu tanto com os brios do Palácio do Planalto como o ato do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, convocar o embaixador brasileiro para um puxão de orelhas, e levar Frederico Meyer para o Museu do Holocausto.

Lá, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse à imprensa que “O que o presidente brasileiro Lula disse quando comparou a guerra justa do Estado de Israel contra o Hamas, que assassinou e massacrou judeus, e Hitler e os nazistas, é uma vergonha e uma desgraça e é um grave ataque antissemita ao povo judeu e ao Estado de Israel”, declarou.

Para o ex-ministro Celso Amorim, atual assessor internacional do governo Lula, Israel Katz “cruzou a linha do bom senso” e afirmou que o governo de Tel Aviv foi ultrajante com o Brasil. Enquanto a crise não se arrefece, se é que vai abrandar-se, a embaixada do Brasil em Tel Aviv estará sob o comando do ministro-conselheiro Fábio Moreira Farias.

CIRCO PEGANDO FOGO
Na mesma linha dos que apostam no quanto pior, melhor, a presidente Nacional do PT, deputada Glesi Hoffmann (PR), disse que a reação do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu , “confirma a truculência do chefe de um governo de extrema-direita que está levando seu país ao desastre e ao repúdio da comunidade internacional”.

Glesi Hoffmann, uma das primeiras autoridades brasileiras a referendar a “eleição” do ditador Nicolás Maduro, na Venezuela, disse, ainda, sobre a crise diplomática que “Netanyahu devia se preocupar com a rejeição que desperta no mundo e em seu próprio país, antes de tentar repreender quem denuncia sua política de extermínio do povo palestino. Ele não tem autoridade moral nem política para apontar o dedo para ninguém”.

NOBEL DA PAZ COM O PAVIO CURTO
Lula faria tudo o que fosse possível se pudesse trocar o terceiro mandado de presidente do Brasil para ser agraciado com o título de Nobel da Paz e com isso ser catapultado à “morada dos 12 deuses do Olimpo”.

O presidente brasileiro fala do combate à fome no mundo, como se o Brasil fosse um paraíso sem a famélica população de rua; defende a ampliação do Conselho de Segurança da ONU, embora tenha dito “não dispor de informações” sobre expulsão de agentes da Organização das Nações Unidas, pelo governo do amigo Maduro.

NÃO É PARA AGORA
Embora hoje seja o 51º dia do ano, mas não será por agora, que o Congresso Nacional vai (re)colocar o vagão nos trilhos e dar início a debates e votações de projetos importantes para o país, como, por exemplo, a votação de leis complementares para regulamentar a reforma tributária.

Os congressistas ainda terão de aprovar a devolução de imposto para a população carente, o imposto sobre o pecado e definição de quais serão os produtos que terão redução de alíquotas, mas pelo próximos dias, e ponha dias nisso, os deputados estarão empenhados na eleição das direções de 30 comissão permanentes e outras dezenas de temporárias. Não é nem para tão cedo que suas excelências vão voltar a debater o Brasil.

PENSE NISSO!
O ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não deixou “cair a fixa” e se não se deu conta que hoje ele não passa de um investigado e causador de despesa ao bolso do contribuinte.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou encarregado de dizer à defesa do ex-presidente que Bolsonaro não tem mais regalias e que, portanto, terá de prestar depoimento à Polícia Federal, na quinta-feira (22).

A defesa de Bolsonaro tinha pedido adiamento do depoimento, mas Moraes foi categórico: “será o investigado quem escolherá o "direito de falar no momento adequado" ou o "direito ao silêncio parcial ou total"; mas não é o investigado que decidirá prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais durante a investigação criminal ou a instrução processual penal”.

Em outras palavras, Bolsonaro até que poderá ficar calado, mas vai ter de tocar piano.

Pense nisso!

 

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