Romoaldo de Souza

Lira diz que Câmara está pronta para votar projeto da 'saidinha'

Meira cobra de Lewandowski política penitenciária de confiança

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Romoaldo de Souza

Publicado em 13/03/2024 às 22:18
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FIM DA SAIDINHA É ‘PREJUDICIAL À REEDUCAÇÃO’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse aos líderes partidários que na próxima semana pretende colocar em pauta o projeto - já aprovado pelo Senado - que acaba com a saidinha de presos em datas especiais como Ano Novo, Dia das Mães, dos Pais, das Crianças e Natal. O deputado Túlio Gadêlha (Rede Sustentabilidade-PE) rechaça as justificativas de quem aprova a medida, dizendo que “acabar com a saída temporária de presos não resolve o problema da segurança pública. Pelo contrário, piora”, sustenta.

Atualmente, a “saidinha” é concedida a presos em regime semiaberto que podem, também, usufruir do benefício para estudar ou “participar de atividades de ressocialização.” E é aí, nesse ponto, que está o argumento de Túlio Gadêlha para votar contra o projeto. “A restrição prejudica a reeducação e a ressocialização dessas pessoas e, consequentemente, é um peso a mais para agravar a criminalidade. Precisamos legislar para diminuir o déficit prisional, garantir um sistema que ressocialize e não que piore a segurança”, argumenta.

SUMIRAM COM OS PARDOS
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) pediu vista, ele quer mais tempo para analisar o projeto que trata da prorrogação por mais dez anos de cotas raciais em concursos públicos. A medida aumenta para 30% o índice de vagas reservadas. Atualmente, o percentual é de 20%. “O IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] está ‘sumindo’ com o pardos. Nada contra os negros, mas se o cidadão se declarar pardo ele não será beneficiado pela lei”, afirmou.

BRASIL DO CRIME ORGANIZADO
30 dias sem que as forças policiais - federais e estaduais - apontem uma segura pista do paradeiro dos fugitivos do presídio de segurança máxima em Mossoró (RN), e na Câmara dos Deputados já há quem considere que prender ou não “Tatu” e “Deisinho” é missão de mesmo. “O que é preciso considerar é que o Brasil está entregue ao crime organizado. O Estado está de mãos e pés atados”, disse o deputado Coronel Meira (PL-PE).

PADRINHO LIRA
Em um conjunto de escritórios, estrategicamente instalados no Setor Hoteleiro Sul, a nova direção do União Brasil estudava que medidas tomará contra o deputado Luciano Bivar (PE). Se a legenda expulsar o deputado pernambucano, como querem alguns integrantes do partido - sobretudo aqueles oriundos do DEM, Bivar perderá o cargo de primeiro-secretário, uma espécie de prefeito da Casa. O presidente da Câmara, Arthur Lira “opera” por uma “punição” mais branda.

PELO MURICI, TUDO
Cada penalidade, uma emoção. Até que veio a decepção. O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), alagoano de Murici, nem bem esperou o término da disputa, também por pênaltis, de Atlético Madrid 3 x 2 Inter de Milão, e foi logo pediu ajuda para trocar de canal e colocar a TV do cafezinho do deputados no jogo Sport x Murici. “Sou Murici desde criancinha”, disse, sem conter a decepção de ver o “Verdão” eliminado da competição. “Ano que vem, tem mais”, disse resignado.


PENSE NISSO!
No meio da tarde desta quarta-feira (13)

- Meu Deus, que reboliço! Grita uma desavisada turista, enquanto tirava fotos no Salão Verde, o principal da Câmara. O que está acontecendo?, perguntou.

- O Tarcísio de Freitas, minha senhora. O homem mais poderoso do momento!, atalhou um cinegrafista enquanto ligava o pau-de-luz [refletor para dar qualidade de luz à imagem]

Se como governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) andava para cima e para baixo com um séquito de incontáveis seguranças, assessores e alguns papagaios de pirata, imagine se vier a ser eleito presidente da República. PP e PL travam uma batalha nada silenciosa para ter o passe do governador nos próximas meses.

A um aliado e ex-colega de caserna, Tarcisio tem dito que não quer nem tão próximo de Bolsonaro, como é o PL, não tão distando do ex-chefe, como é o PP. “Se não achar um meio termo…”

Pense nisso!

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