Romoaldo de Souza

Bolsonaro passa dois dias em "imersão política" na Embaixada da Hungria

Chega à Câmara comunicação de que o deputado Chiquinho Brazão está preso

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Romoaldo de Souza

Publicado em 25/03/2024 às 20:41
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PURA IMERSÃO
O jornal The New York Time revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou dois dias, em pleno Carnaval, na Embaixada da Hungria, em Brasília. Quatro dias após ter o passaporte apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando “conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”.

A defesa do ex-presidente afirmou que Bolsonaro foi passar dois dias na embaixada, “a convite” e que “quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações” divulgada na nota da defesa do ex-presidente, “são, na prática, mais um rol de fake news”.

FESTA DO PIJAMA
Da casa onde mora o ex-presidente Jair Bolsonaro à Embaixada da Hungria, são, exatamente, 15 mil 400 metros. Para fazer o percurso a pé, ele levaria 2 horas e 19 minutos. Andando ligeiro, como sempre anda. De carro, como costuma fazer, o tempo de deslocamento até a representação diplomática seria de aproximadamente 20 minutos em função do trânsito. Falta a justificativa para dizer o porquê de Bolsonaro ter passado as noites na embaixada.

‘TEATRO DE APARÊNCIAS’
Senadores de oposição se retiraram do plenário do Senado Federal justamente nas celebrações dos 200 anos da Casa Legislativa, “para não contribuir com esse teatro de aparências”, como disse o líder do Novo, Eduardo Girão (CE).

A oposição alega que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), “vetou a fala dos parlamentares oposicionistas”, segundo o líder, Rogério Marinho (PL-RN). “Infelizmente termos passado por esse constrangimento (…) Pelo fato de não termos tido direito à voz estamos deixando o plenário do Senado”, disse Marinho.

PELA ISENÇÃO
O deputado Darci de Matos (PSD-SC) é quem vai elaborar o relatório na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

PASSO A PASSO
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pauta a votação da prisão do deputado Chiquinho Brazão.

O relatório aprovado na CCJ é lido e discutido em plenário. A defesa de Chiquinho Brazão poderá usar do tempo de até 45 minutos, dividido em três falas de 15 minutos cada.

Serão necessários 257 votos [a Câmara tem 513 deputados] para afastar o parlamentar do mandato. No domingo (24) a Comissão Executiva Nacional do União Brasil anunciou a expulsão de Chiquinho Brazão.

PENSE NISSO!
Quando leio alguém dizer assim, ah, mas o Rio de Janeiro chegou ao fundo do poço, e tal. Eu lembro que o primeiro samba gravado no Brasil, em 1916, “Pelo Telefone”, de autoria de Ernesto dos Santos, o Donga (1890-1974) e Mauro Almeida conhecido como o Peru dos Pés Frios (1882-1956), já dizia o que era a então capital federal:

“O chefe da polícia
pelo telefone manda me avisar
Que na Carioca
tem uma roleta para se jogar.”

Pura tradição, não é mesmo?

Pense nisso!

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