Romoaldo de Souza

A personagem piegas do presidente diverge das posições do Brasil na ONU

Quem será que tem medo de Aloizio Mercadante no comando da Petrobras

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Romoaldo de Souza

Publicado em 05/04/2024 às 17:48
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LULA [SELETIVO] PAZ E AMOR
O “Lulinha” todo contrito, com ares de sacristão, que encenou sua nova personagem durante a passagem por Pernambuco, não combina com a orientação do seu governo no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre prorrogar as investigações que apuram violação de direitos humanos na Ucrânia, pelo governo do amigo Vladimir Putin da Rússia. A justificativa do Brasil foi de que a “resolução é desequilibrada e coloca o fardo de violações dos direitos humanos apenas em um lado do conflito”.

REINCIDÊNCIA
No mesmo conselho, a representação do Brasil se absteve de votar contra o Irã - outro país aliado do atual governo - por ter cometido violação de direitos das mulheres iranianas. A justificativa para não recriminar o país amigo [do presidente] foi “baseado no espírito do diálogo construtivo”, conforme disse o embaixador Tovar da Silva Nunes, chefe da missão diplomática brasileira na ONU.

PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Que senador da República vai conversar com um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e leva um escondido gravador? Mas a pergunta pode ser - tranquilamente - invertida: que ministro do STF receberia um senador em seu gabinete, para uma audiência pública - constando da agenda - e deixa vazar trechos da conversa? Alguém não agiu republicanamente.

QUEM TEM MEDO DE MERCADANTE?
O mercado. Vindo a assumir o comando da Petrobras, nada garante que o ex-senador - e atual presidente do BNDES - não vá transformar a estatal em um front petista para “socorrer” apaniguados. Qualquer investidor sério ficaria inquieto.

O SILÊNCIO DO ITAMARATY
Esse jeitão misterioso do governo brasileiro de passar a mão na cabeça de aliados - o popular: passar o pano - é para deixar qualquer diplomata de carreira impaciente.

O ditador Nikolás Maduro, da Venezuela, assinou uma lei aprovada pelo Parlamento - diga-se de passagem, comandado por ele - anexando o território de Essequibo, consolidando uma disputa secular com a Guiana.

Até esta sexta-feira (5) o governo de Lula da Silva (PT) não tinha se manifestado. A não ser que o presidente do Brasil repita o que disse lá atrás, quando a Rússia invadiu a Ucrânia: “quando um não quer, dois não brigam.”

PENSE NISSO!
Por que será que nunca foram adiante, no Congresso Nacional, as várias propostas para que presidiários sejam obrigados a arcar com os custos de permanência no sistema prisional.

Anos atrás, em 2017, o senador Waldemar Moka (PMDB-MS) propôs um projeto estipulando o valor de um salário mínimo e meio por mês - R$ 2.118 para pagar a estada. “Quem não puder pagar, a família que arque com a despesa ou o próprio preso trabalhe internamente para cobrir os custos”, justificou.

Por essa mesma época, o senador Reditário Cassol (PP-RO) foi mais além. Ele apresentou projeto acabando com o auxilio que o governo federal paga aos familiares dos presos.

“Esse auxílio é facilidade para pilantra, vagabundo, sem-vergonha, que devia estar atrás da grade de noite e de dia trabalhar. E quando não trabalhasse de acordo, o chicote, que nem antigamente, [deveria] voltar", disse o senador.

Dois anos depois, o Supremo Tribunal Federal condenou o então senador Ivo Cassol, filho de Reditário, a pena de quatro anos por corrupção. Ivo, o filho, teve a pena reduzida pela metade e depois convertida em serviços comunitários.

Pense nisso!

 

 

 

 

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