Romoaldo de Souza

Governo aproveita episódio do embate de Elon Musk com Alexandre de Moraes para pedir regulação das mídias

Planalto impõe algumas condições para deixar Jean Paul Prates no comando da Petrobras

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Romoaldo de Souza

Publicado em 08/04/2024 às 21:15
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NÃO À CENSURA
Enquanto o multimilionário Elon Musk trocava farpas com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, fazia ecoar o “mantra” do governo do PT de que “não existe imunidade digital;” o que, convenhamos, pode ser verdade, mas o que está subjacente - por entre o emaranhado de justificativas - é um certo controle daquilo que o internauta publica nas redes sociais. Cheira a censura.

‘NÃO É CENSURA’
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, também reza na cartilha da “advertência”, com uma justificativa atenuante: “Não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais para que não haja captura de mentes de forma indiscriminada, que possa manipular informações, disseminar ódio, violência, ataques às instituições”, diz Pacheco.

CALMA, O PETRÓLEO É NOSSO!
Caso frutifique a operação de governistas que não querem entregar de bandeja a cabeça do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a turma do deixa-disso quer que o executivo seja mais comedido nas redes sociais. Algumas de suas mensagens beiram a “estocadas” desnecessárias, como a que replicava uma conversa da assessoria de Impresa, questionando se Prates ia deixar a Petrobras. “Acho que após às 20h02”.

Nesta segunda-feira (8), Prates escreveu sobre operação da Polícia Civil do Rio, na sede da empresa; replicou uma post da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), de quem foi suplente no Senado; citou obras na refinaria Abreu e Lima (PE); e no estaleiro de Angra dos Reis (RJ), e por aí vai. “O homem fala [e escreve] pelos cotovelos”, diz um assessor palaciano.

NICARÁGUA, NICARAGUITA!
O encontro do presidente Lula da Silva (PT) com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, foi além da preocupação do papa Francisco com os povos indígenas da Amazônica e a defesa da liberdade religiosa, conforme propagou o governo brasileiro.

Lula e Parolin se detiveram, demoradamente, segundo uma importante fonte religiosa, na situação de religiosos católicos perseguidos pelo governo do ditador Daniel Ortega. No Planalto, a avaliação é de que as relações de Brasília com Manágua “já estiveram melhores”.

PENSE NISSO!
O motivo pode não ser dos mais nobres, mas a Câmara dos Deputados poderá fazer um aceno de insatisfação para o lado sul da Praça dos Três Poderes.

É que quando tudo parece estar se afeiçoando para o lado do apaziguamento dos ânimos, vem o Supremo Tribunal Federal e começa a analisar a extensão do foro privilegiado “até para dor de dente”, um jeito de dizer que será bem marcante.

Nesta semana, o plenário da Câmara dos Deputados deve analisar um projeto de decreto legislativo que tem tudo para ser um recado ao STF.

A maioria dos parlamentares é que vai definir se o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) permanece preso ou se responde em liberdade ao processo em que é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro.

Já pensou se o recado for a soltura de Brazão?

[pois] Pense nisso!

 

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