Romoaldo de Souza

Projeto sobre aplicativos passa por pente fino

Bolsonaro desembarca no Nordeste para reforçar campanha de aliados

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Romoaldo de Souza

Publicado em 17/04/2024 às 21:17 | Atualizado em 18/04/2024 às 10:43
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SE PIORAR, MELHORA
Talvez seja consequência do ditado popular: “a pressa é inimiga da perfeição”, só pode ser. “O projeto de lei dos aplicativos de transportes, como Uber, 99 e Cabify é muito ruim. Temos que melhorar”, antecipa o relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE).

“Temos pontos que são consensuais de que precisam passar por modificações. A sindicalização da categoria - que nós defendemos que seja opcional, o valor da hora trabalhada”, além da transparência nos valores cobrados pelos aplicativos. “Quando a plataforma aumenta o preço da ‘corrida,’ essa diferença não é repassada para o motorista”, diz Coutinho.

E DEPOIS?
O projeto atualmente está na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços. Em seguida, vai à Comissão do Trabalho para seguir à Comissão de Constituição e Justiça. Após a CCJ vai ao plenário. “Quando a gente concluir a votação desse projeto de lei vamos nos debruçar sobre os aplicativos de duas rodas”, confirma Augusto Coutinho.

UM CAFÉ COM BOLSONARO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está arrumando as malas para uma temporada de pré-campanha eleitoral em Pernambuco e Alagoas, começando por Caruaru e Garanhuns.

Bolsonaro e o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, sacramentaram que o PL vai para a disputa com uma chapa “puro-sangue”, prefeito e vice do mesmo partido. “Nessa viagem que recentemente o [ex]presidente fez a João Pessoa (PB) nós batemos o martelo”, disse à coluna, o pré-candidato Fernando Rodolfo. A expectativa é de que o partido eleja ao menos dois vereadores.

“Veja, no segundo turno, Bolsonaro recebeu mais de 83 mil votos em Caruaru, digamos que ele ‘transfira’ 30% desse total [24.9 mil], isso nos leva, tranquilamente, ao segundo turno nas eleições de outubro”, contabiliza Fernando Rodolfo.

UMA SAF PARA CHAMAR DE SUA
Tricolor desde criancinha, o presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa, se prontificou a ajudar a direção do Santa Cruz na formatação do projeto para transformar o time em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

O presidente do tricolor do Arruda, Bruno Rodrigues, desembarca em Brasília na quarta-feira (24) para almoço de negócios com o conterrâneo Paulo Henrique.

OUVIDOS MOUCOS DE VALDEMAR
Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, que não dividem mais a mesma agenda - em função de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agora é que não se bicam, mesmo.

Em conversa intermediada por assessores - uma vez que eles não podem se falar diretamente - o ex-presidente tinha recomendado que o PL não tomasse medidas judiciais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para dar andamento no processo que pede a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

SOUBE PELA IMPRENSA
O ex-presidente teria se sentido traído pelo próprio partido. O PL juntou-se ao PT para pedir a cassação do mandato do seu ex-ministro da Justiça. Derrotadas no Tribunal Regional Eleitoral no Paraná, as duas legendas deram-se as mãos e o processo “subiu” para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Recado de Valdemar: “diz a ele [Bolsonaro] que se o PL não tivesse apelado da ação, teríamos de pagar uma multa” superior a R$ 1 milhão aos advogados da causa

O BOTE DO LEÃO
Chega hoje à mesa do presidente Lula da Silva (PT), projeto aprovado pelo Congresso Nacional, que isenta de Imposto de Renda de Pessoas Físicas trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês.

PENSE NISSO!
As Comissões Parlamentares de Inquérito, outrora temidas CPIs, já “não fazem nem cócegas”, mas ainda assim continuam sendo moeda de troca.

Com o objetivo de emparedar o governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer “desenterrar” ao menos cinco CPIs que aguardam instalação.

É no que dá um governo fraco, desarticulado, com uma base política desmantelada e um presidente da Câmara disposto a quase tudo.

Agora, o mesmo Palácio do Planalto sabe que se o governo abrir o cofre e “molhar a mão” dos políticos, liberando emendas, as CPIs voltam às gavetas.

Contando, ninguém acredita.

Pense nisso!

 

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