Romoaldo de Souza

Lula incentiva greve de servidores e diz que 'ninguém será punido'

Novo Perse terá R$ 15 bi de intensivo ao setor de eventos

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Romoaldo de Souza

Publicado em 23/04/2024 às 20:50
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EU BEBO SIM
O presidente Lula da Silva (PT) anda fingindo ignorar que a popularidade está em queda e afirmou “que essa não é a preocupação do governo.” O presidente prometeu que “logo, logo” vai voltar a falar em picanha e cerveja uma das promessas da campanha eleitoral, em 2022.

“Você pensa que eu esqueci da cervejinha e da picanha? Não esqueci. Ainda falo até hoje. Ou você abaixa o preço da comida ou aumenta o salário do povo”. Até aqui, nenhum um nem outro.

TERCEIRIZANDO A ENCRENCA
Lula encontrou um jeito de espantar do gabinete no 4º andar do Palácio do Planalto uma crise que se avizinha com o Congresso Nacional.

“Vocês vão ver que vou mandar o [Alexandre] Padilha sair aqui do palácio e ir na Câmara dar um abraço no companheiro [Arthur] Lira”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), andou dizendo uns impropérios para o ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha, a quem acusou de “incompetente” e de plantar “notícias falsas”.

O NOVO PERSE
Beneficiando somente 30 Cnaes (Classificação Nacional das Atividades Econômicas), o governo deu o sinal verde e a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23) a retomada do programa de incentivo ao setor de eventos, também conhecido como Perse. Serão R$ 15 bilhões de incentivos até 2026.

Entre esses 30 grupos de empresas e atividades, destacam-se os hotéis, serviços de organização de feiras e eventos, casas de festas, produção de teatro, musical e de dança, entre outros.

Como a votação foi simbólica, ficou impossível saber que deputados eram contra e quais os que seriam favoráveis. O projeto vai à análise dos senadores.

TERRENO NA LUA
O governo anuncia a criação do programa Acredita, jura que vai expandir o financiamento para aquisição de imóveis, mas destrinchando a medida provisória assinada na segunda-feira (22), é um amontoado de boas intenções.

É claro que o governo sabe dessa máxima, mas não quis considerá-la: quanto maior é o risco de calote de um empréstimo mais altos são os juros. A não ser que nesse caso do Acredita, o governo arque com o prejuízo.

CHAMA O VAR
“Não há outro caminho: é preciso parar o brasileirão”. A ameaça é da associação que reúne os árbitros de futebol em nota divulgada, dizendo-se “indignada” com as acusações do presidente do Botafogo, John Textor, que assegurou - em depoimento à CPI de Manipulação das Apostas Esportivas no Senado - ter provas de supostas interferências de fraude nos resultados de jogos, nas edições de 2022 e no ano seguinte.

“Já há um volumoso grupo [de juízes] que deseja, em protesto ao que está ocorrendo, interromper o campeonato brasileira já nas próximas rodadas”, diz a nota da associação.

PENSE NISSO!
É de se esperar que um presidente da República, seja ele do tom ideológico que melhor lhe convier, mas que governe para toda a sociedade e não dê prioridades a esse ou aquele grupo.

Lula da Silva que se pudesse faria do Brasil um república sindicalista lembrou que sua especialidade é a greve e que “dará o que pode” aos servidores que estão de braços cruzados.

Ocorre que os servidores não são empregados do governo. O governo é apenas um repassador - e quase sempre mal distribuidor - do dinheiro que arrecada do contribuinte que precisa do serviço público funcionando.

- Eles pedem quanto querem e a gente dá o que pode. O governo federal vai negociar com as categorias, e garanto que ninguém será punido.

Enquanto isso, serviços essenciais ficam à deriva, o cidadão contribuinte não tem a quem reclamar - até porque o governo incentiva as paralisações - e o proselitismo barato da gestão atual cobre um santo para descobrir outro.

Pense nisso!

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