Justiça Eleitoral não cogita adiar eleições municipais no Rio Grande do Sul
Pacheco diz que maioria dos senadores é contra a reeleição
CONDOLÊNCIAS COMEDIDAS
O presidente Lula da Silva (PT) limitou-se, nas redes sociais, a apresentar “condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano”, após ser confirmada a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e do seu chanceler, Hossein Amir Abdollahian.
Fiador da entrada do Irã no bloco comercial do Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], Lula destacou que via “como muito importante que o Irã esteja conversando com o mundo árabe e tentando se colocar de acordo com a Arábia Saudita”. Seis meses depois, o Brasil se absteve de votar quando a Organização das Nações Unidas [ONU] pretendia estender investigação sobre crimes de guerra na Ucrânia e sobre a violação de direitos humanos das mulheres iranianas.
ADIAR, POR QUÊ?
O argumento do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), defendendo a “viabilidade” do adiamento das eleições municipais do estado, não encontra sustentação jurídica, no Tribunal Superior Eleitoral, nem política, na sociedade.
Ao Globo, Leite lembrou que o estado “está em processo de reconstrução” e que “trocas de governos municipais podem atrapalhar esse processo”. O chefe do Executivo gaúcho sabe que a Justiça Eleitoral considerou “motivo de força maior” a pandemia provocada pelo Covid-19, quando adiou as eleições municipais de 2020. Este ano é diferente.
PREPARADO PARA AS VAIAS
O presidente Lula participa nesta terça-feira (21) da abertura da marcha dos prefeitos a Brasília. De um lado, gestores municipais divididos entre tirar uma foto com Lula para a campanha eleitoral de outubro e do outro, aqueles que sabem que pouco ou quase nada daquilo que for prometido será entregue.
- A vaia é inerente ao homem público, diz um assessor do Palácio do Planalto.
‘¡PASA NADA!’
O governo da Argentina não vai pedir desculpas ao governo espanhol, depois que o presidente Javier Milei chamou de “corrupta” a primeira-dama da Espanha, Begoña Gómez.
CRUZADA CONTRA O ABORTO
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro despertou atenção em uma padaria no Jardim Botânico, em Brasília, quando pediu à atendente que fizesse uma corrente de oração contra decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou norma do Conselho Federal de Medicina, restringindo o aborto legal no Brasil.
- Senhor, livrai-nos de todo o mal. Repita comigo, disse Michelle.
MST ABENÇOADO
O líder dos sem terra, João Pedro Stédile, viajou à Itália, se encontrou com o papa Francisco e teve a bandeira do movimento abençoada pelo chefe da Igreja Católica. “Ocupar, produzir, resistir” é o lema dos sem terra.
PENSE NISSO!
O “dataPacheco” informou que “a maioria dos 81 senadores é favorável ao fim da reeleição” para chefes dos Executivos municipal, estadual e federal.
A pergunta do instituto imaginário do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é de que o Congresso deve responder a seguinte pergunta: “a reeleição foi positiva, foi proveitosa?”, segue o senador, “as respostas que escuto é que não. A grande maioria no Senado é favorável ao fim da reeleição”.
Ora, aqui digo eu: a reeleição só interessa ao prefeito, ao governador e ao presidente da República que estiver no poder. A maioria chega para ocupar o cargo já pensando como será sua campanha à reeleição.
Pode chegar para o prefeito da sua cidade, para a governadora e ao presidente Lula todos eles vão dizer “não, nosso compromisso é com o município, com Pernambuco, com o país”. Não duvido. Mas as alianças serão todas elas arquitetadas para dar sustentação ao governo e arregimentar votos para a reeleição.
Eu sou radicalmente contra.
Pense nisso!