Romoaldo de Souza

Indenizações podem chegar a R$ 120 mil por unidade habitacional nos prédios-caixão. Acordo tem aval da Caixa

Governo suspende leilão para compra de arroz. Secretário Neri Gueller pede demissão e Frente Parlamentar questiona processo

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Romoaldo de Souza

Publicado em 11/06/2024 às 20:17
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PELO FIM DOS PRÉDIOS-CAIXÃO
O governo federal e o governo de Pernambuco assinaram acordo para que proprietários de 431 prédios-caixão sejam indenizados. O presidente Lula da Silva (PT) e a governadora, Raquel Lyra (PSDB), assinaram o acordo de indenização no valor de R$ 120 mil, por unidade habitacional. “O que nós estamos fazendo é uma reparação pelo descaso que muitas vezes a elite que governa o nosso país, a nossa cidade, tem com o povo. O povo pobre nunca foi levado muito em conta, tudo para ele tem que ser o mais barato”, disse o presidente.


O SOLO DA REGIÃO
Para a governadora Raquel Lyra, “o solo de Recife é um solo onde haviamanguezais, é um solo de barro, então acabaram formando piscinas embaixo desses prédios e essa é a razão pelaqualos prédios caem”, justificou. Por isso, “A região não é propícia” para esse tipo de edificação. As 431 unidades habitacionais estão localizadas no Recife, no Paulista, em Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e em Olinda.


TAPAS E BEIJOS

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), anunciou a apresentação de mudança no regimento interno da Casa para “punir com agilidade” parlamentares que se envolverem em confusão.
Lira disse ter ficado incomodado com as “negativas repercussões” das ingresias de dias atrás, no Conselho de Ética, quando os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Janones (Avante-MG) só não foram às vias de fato por falta de coragem. Um dia depois, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP) passar mal, dentro da Comissão de Direitos Humanos em meio a uma discussão com parlamentares bolsonaristas.


VAPT VUPT

Na proposta de Lira, parlamentares que se envolverem em brigas - mesmo que não cheguem a trocar sopapos - poderão vir a ter o mandato suspenso, exclusão da comissão que integre ou perda de relatoria em projetos que estejam em andamento.“Não podemos mais continuar assistindo aos embates quase físicos que vêm ocorrendo na Casa e que desvirtuam o ambiente parlamentar, comprometem o seu caráter democrático e - principalmente - aviltam a imagem do Parlamento na sociedade brasileira”, disse Lira.


ARROZ VIRA PÓ

De um governista que já dividiu o copo com o presidente Lula da Silva (PT) e hoje não é lembrado nem para solenidades no Planalto: “assim, fica difícil defender esse governo, primeiro eles alegam que vai faltar arroz, agora insinuam que não analisaram a ficha de quem ganhou o leilão do arroz, o que parece é que o leilão foi montado para segundas intenções”.


FEIJÃO COM ARROZ

O deputado Afonso Hahm (PP-RS) usou a tribuna da Câmara para acusar o governo de “é tão ruim” que se colocar na mesma panela: arroz e feijão, dificilmente vai saber identificar o que é um e ou que é outro. “O governo que não sabe ‘mexer’ feijão com arroz, imagine se vai tomar conta da cidade dos brasileiros”.


ASILO POLÍTICO

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que está “na expectativa” de que o presidente da Argentina, Javier Milei “conceda asilo político” a brasileiros foragidos da Justiça. Ao menos, 50 condenados por participarem dos atos de 8 de janeiro de 2023, no quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. “[A fuga] mostra que essas pessoas não mais confiam na Justiça brasileira, que lhes negou direitos básicos do devido processo legal”, escreveu.


PENSE NISSO!

Imagine o que está ocorrendo com o governo Lula e eu vou fazer uso de uma figura de linguagem.
O presidente Lula da Silva e o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiram passear pela orla de Boa Viagem, sentido Pina. O presidente e seu ministro falavam da necessidade de aumentar a arrecadação, uma vez que eles tinha chegado a um consenso de que não haverá corte de despesa, nem a máquina pública passará por nenhum processo de enxugamento.

- Presidente, vamos mandar uma medida provisória [que entra em vigor na hora da assinatura] para aumentar a carga tributária do setor produtivo, ainda que de forma indireta.

- Mas Haddad, querido, não seria melhor um projeto de lei [só vale após aprovação no Senado e na Câmara]. A gente está podendo brigar com o Congresso?


Haddad insistiu, mandou a MP, confederações chiaram, as frentes parlamentares não aceitaram a medida. Nisso, ainda em Boa Viagem, Haddad olha do outro lado da rua. Lula dá com a mão, o trânsito para. O presidente e seu ministro da Fazenda chegam à calçada do outro lado da rua. Haddad tinha enxergado uma casca de banana. Lula e o ministro vão ao chão.


Em Brasília, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu a medida provisória alegando “inconsistência jurídica”.Assim é o governo!


Pense nisso!

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