Senado não deve ser negligente com votação da PEC da anistia aos partidos
Jair Bolsonaro disse a um grupo de parlamentares que tem tido dificuldade para agendar encontros com candidatos do PL, sem Valdemar Costa Neto
DE MALA E CUIA
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), desembarcou com um séquito de assessores e familiares na “Capital Pernambucana do Café”. Taquaritinga do Norte, que já organizava anualmente o “Festival Café Cultural,” cedeu o know-how ao Palácio do Campos das Princesas para que a gestora tucana abrisse o “Festival Pernambuco Meu País”.
NEM TUDO FOI CAFÉ
Enquanto bebericava um gostoso café - como é tradição na cidade - a governadora era seguida de perto por um protesto do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Simpol). Em carta à população, um grupo de manifestantes divulgava carta assinada quando era candidata, se comprometendo a “promover uma real valorização salarial”. O presidente da entidade, Áureo Cisneiros, disse à coluna que “por enquanto, ficaram só na promessa, as reivindicações da categoria que ela [Raquel Lyra] tinha se comprometido”.
NÃO CONTEM COMIGO
A PEC (Proposta de Emenda Constituição) de rolagem - a perder de vista - da dívida dos partidos políticos chega ao Senado, embalada por desconfiança. O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) negou “pressa” para agilizar e atropelar o regimento como fez o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Não há de minha parte nenhum tipo de compromisso de ir imediatamente ao plenário do Senado com qualquer tipo de açodamento. Inclusive, cuidarei de adotar em relação ao que o regimento determina, que é o encaminhamento à comissão própria,a qual é a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], para avaliação”, prometeu.
PERNAMBUCO UNIDO
Na traquinagem dos partidos políticos - exceto Novo, Psol e Rede Sustentabilidade - a maioria esmagadora dos 25 deputados federais da bancada de Pernambuco votou pela legalização da proposta que, na prática, perdoa dívida das legendas com a Justiça Eleitoral e até a Previdência Social. Somente Clodoaldo Magalhães (PV), Coronel Meira (PL), Mendonça Filho (União Brasil) e Túlio Gadelha (Rede) votaram contra a proposta.
TÊTE-À-TÊTE
O deputado Alexandre Ramalho (PL-RJ) vai ficar diante de ex-colegas da Polícia Federal, de onde o bolsonarista está licenciado, para esclarecer à corporação as motivações políticas e ideológicas que o levaram a capitanear uma “absurda empreitada” de colocar a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) a serviço de um esquema de arapongagem para espionar adversários do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Ramagem chamou de “rasas conjecturas”, o relatório de colegas da Polícia Federal.
INCHANDO A MÁQUINA
O Conselho Diretor da Petrobras ganha mais um indicado pelo governo do presidente Lula da Silva (PT). O ex-secretário de Assuntos Jurídicos do Planalto, Wellington César Lima vai passar a responder pela advocacia-geral da estatal. O cargo não lhe dá direito a voto.
PENSE NISSO!
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, fez chegar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, um pedido de audiência para reivindicar revogação da medida que o afasta do ex-presidente Bolsonaro.
A alegação de Valdemar é de que “nos próximos dias”, o partido estará em campanha municipal e “em uma ou outra ocasião” vai ser impossível cumprimir a determinação do STF de que os dois não poderão manter contado.
O PL tem sentido que esse distanciamento de ambos só enfraquece a “política de multiplicação do número de candidatas” nas disputas municipais de outubro.
Será!
Pense nisso!