Pesquisas acendem luz amarela e Lula chama Boulos a Brasília
É fácil chamar artistas para defender o meio ambiente, quando muita gente foi omissa quando o Congresso Nacional estava modificando o Código Florestal
FUNERAL AMBIENTAL
Nem tudo é fogo. Há quem diga, no Senado Federal, que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chegou “tarde demais. Com meses de atraso”, ao assinar a criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática que vai ficar sob o guarda-chuva do seu ministério. À coluna, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a demora do governo federal “em tomar atitudes de enfrentamento ao fogo” e disse que “Depois que o fogo já queimou Pantanal, Cerrado, Amazônia e outras regiões do país” foi necessário que o ministro Flávio Dino do Supremo Tribunal Federal (STF) “entrasse na área” da ministra que vai deixar “um legado de chama” sentencia.
SINAL AMARELO
A última pesquisa do Instituto Datafolha que aponta empate técnico entre o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com 27% e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), 27%, fez o presidente Lula da Silva (PT) suspender os afazeres para se dedicar à gravação de vídeo e spots para rádio apoiando Boulos.
A MONTANHA E ‘MAOMÉ’
A primeira vez que Lula gravou apoio a Boulos, o presidente foi à residência do deputado, acompanhado da primeira-dama Rosângela Lula da Silva. Neste fim de semana, ela que “dirigiu” as cenas. Cortando o supérfluo e “insistindo” na tese de que Boulos é Lula e Lula é Boulos.
PUXÃO DE ORELHAS
A coluna apurou que Lula puxou Boulos em um canto disse um suave palavrão e mandou que o candidato do Psol evite essa “p***a de pronome neutro”.
CAFÉ E CONTOS
A aconchegante Patuscada Livraria e Café, na agitada Vila Madalena (São Paulo-SP) foi o lugar escolhido para o lançamento do livro de contos “Um Café Antes e um Depois”, da editora Café Portátil.
Um dos contos: “Café Espresso”, do escritor pernambucano Túlio Velho Barreto, diretor de Cultura da Fundaj, expressa bem o que é um espresso. [O trocadilho foi proposital]. “Foi então, ao cair da tarde, já sob uma enorme lua redonda e serena, que ela sentiu o sabor de café espresso, quando, enfim, sem dizer mais uma única palavra, o beijou.”
‘QUE LOS PARIÓ’
O grupo de rock “tamanho família”, “Raimundos”, fez muito sucesso, antes de abraçar a campanha bolsonarista da reeleição, com a música “Gordelícia”, de autoria de Digão, Zé Henrique, Marco Aurélio e Caio Cunha. Eles abrem o show de guitarra em punho gritando:”Soltando fogo pelas venta. Debaixo das coberta até o couro gastar.”
Na confortável alcova no condomínio Solar de Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) soltou fogo pelas ventas quando soube que o ministro Nunes Marques, do STF, antecipou que vai corroborar com a tese do colega Alexandre de Moraes de rejeitar recursos contra as convenções de envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
PENSE NISSO!
Leio, em um documento interno de uma pastoral da Igreja Católica, que o teólogo Massimo Faggioli, considerou “decepcionante” o discurso do papa Francisco quando não “aprovou” a candidatura de Kamala Harris, do Partido Democrata, na disputa contra o republicano Donald Trump. O religioso argentino disse que ambos, Trump e Kamala, “são contra a vida”. Especificamente, o papa estava se referindo ao tema do aborto.
Talvez o teólogo Faggioli não tenha se debruçado sem a paixão dos militantes naquilo que o papa adverte ser “uma desobediência” daqueles religiosos que “deixaram de ouvir o papa”.
"O fato é que os bispos e católicos que votam em Trump há muito tempo deixaram de ouvir o papa.” Não precisa de linguagem subliminar.
Como o meu título é de Brasília posso dizer sossegado: as semelhanças entre o republicano e a democrata são mais imbricadas do que possa imaginar a teologia unilateral.
Pense nisso!