CCJ da Câmara nega segunda chance a Chiquinho Brazão
Lula abre assembleia da ONU e deve bater na tecla do enfrentamento às desigualdades e deixar de lado temas que não domina. Banco do Brics pode ajudar
CONSELHO DE SEGURANÇA, ‘OUT’
Não diria que há um impasse, mas assessores próximos ao presidente Lula da Silva (PT) passaram boa parte desta segunda-feira (23) mostrando prós e contras daquilo que ele deverá dizer logo mais, na abertura da assembleia anual da ONU. O presidente quer insistir em ‘denunciar’ a inoperância do Conselho de Segurança, reivindicando ampliação do quadro que hoje é composto por cinco membros permanentes: China, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Rússia.
DESIGUALDADES, ‘IN’
Lula conta com uma “carta na manga” se insistir no argumento da necessidade de mudanças profundas nas estruturas de governança para que seja dada prioridade ao enfrentamento à pobreza. Dinheiro não falta. Comandado pela ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o Banco do Brics (Brasil, Rússia, China, India e África do Sul) tem “significativos aportes para apoiar projetos nesse sentido”.
BONJOUR, PARIS!
Informações obtidas pela Folha de São Paulo indicam a que viagem da primeira-dama, Rosângela Sul da Silva, às Olimpíadas de Paris, custou R$ 236 mil ao bolso do pagador de impostos.
‘JÁ CALCULOU?’
Pergunta do presidente da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP). “O senhor faça um cálculo, além dessas despesas, tem gastos com segurança que não foram informados.” Na ponta do lápis, o parlamentar entende que “se fosse investido o dinheiro que o governo gastou com a viajem, em um atleta, aumentaria mais uma chance de medalha”, critica.
SERTANEJO TOCA PIANO
Passando uma vista d’olhos nas redes sociais, me veio a lembrança Luís de Camões (1524-1580) “Vós que, d'olhos suaves e serenos,
com justa causa a vida cativais”, logo me peguei questionando o motivo da prisão do cantor Gustavo Lima. A notícia dizia que o sertanejo, de música universitária [e tal…], teve prisão decretada.
- Será por causa da qualidade de suas músicas. Será que é porque usa o rótulo de universitária? Várias questões me surgiram.
Logo descubro que a prisão não tem nada a ver nem com a qualidade das música que ‘canta’, muito menos com o rótulo inapropriado. Parece que Nivaldo Batista Lima vai “tocar piano” por acusação de lavagem de dinheiro. Entendi!
QUE HONRA, UFPE!
Oito dos pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco estão entre os cientistas mais influentes do mundo. Do mundo, minha gente!
São os educadores Oscar Malta (Física e Astronomia), Ulysses Paulino (Biologia), Gauss Cordeiro (Matemática e Estatística), Sérgio Rezende (Física e Astronomia), Marcelo Tabarelli (Biologia) e Marcelo Guerra (Biologia). Completam a lista Francisco Cribari-Neto (Matemática e Estatística) e Mônica Costa (Oceanografia). Em um país em que entra governo e sai governo - conservador ou progressista, e em geral as primeiras “tesouradas” no orçamento são, justamente na área de pesquisa, é preciso muito trabalho. A coluna ergue um brinde de café pernambucano aos verdadeiros influenciadores.
PENSE NISSO!
Longe de mim de fazer qualquer juízo de valor, mas analisando a documentação das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) só faltou apertar o gatilho. Ao que parece, o parlamentar fluminense “tem culpa no cartório” quando o assunto é o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) (1979-2018) e seu motorista Anderson Gomes (1979-2018.
A essa conclusão já chegaram quase todos os integrantes do Conselho de Ética, exceto um deputado. Até mesmo o seu partido, União Brasil, abandonou Brazão.
E é aí que vem a pergunta: e por que a Câmara não conclui, logo de imediato, pela perda de mandado ou pela absolvição do deputado fluminense?
Não é tão simples. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), liberou geral e os colegas deputados estão em suas bases eleitorais fazendo campanha. O processo que se dane. Ninguém viria a Brasília agora que faltam 13 dias para as eleições.
Para cassar Brazão, serão necessários pelo menos 257 votos de uma total de 513 deputados.
A maioria não está nem aí. Pelo menos, agora!
Pense nisso!