Justiça nega prisão de Pablo Marçal, mas suspende seus perfis nas redes sociais

Ainda que alguns cientistas políticos insistam que eleição municipal não deve ser federalizada. As disputas deste domingo (6) mostram o contrário

Publicado em 05/10/2024 às 18:24

FALTA DE SEGURANÇA
Se até a segurança do presidente da República passa aperreio, tendo o carro roubado, o que dizer do cidadão que é obrigado a carregar dois telefones. Um para usar no dia a dia e outro para “ser subtraído”?

PT DEFINHA
Em contato com a coluna, o professor e cientista político, Paulo Kramer, observa um “processo de desidratação” das legendas de esquerda, justificando que as eleições deste domingo (6) ganharam um “caráter plebiscitário”.

E LULA, NISSO TUDO?
Questionado se acredita que o PT e o presidente Lula da Silva sairão menores, após essas eleições, Paulo Kramer diz que sim: “Acredito que o caráter ‘plebiscitário’ que a eleição assumirá nos maiores municípios do País vai acentuar o processo de desidratação política da esquerda e, portanto, do seu maior líder nacional, o presidente Lula da Silva”, argumenta

A VERDADEIRA CAMPEÃ
Caso se confirmem os prognósticos, Sandra Paes (Republicanos) será a mais bem pontuada, nessas eleições. Candidata à prefeitura de Canhotinho (PE), Sandra Paes tem mais de 90% das intenções de voto. A cidade conta com 17.172 eleitores. As urnas dirão se ela terá mais de 15,4 mil votos.

SE CONHECESSE O BRASIL…
O ativista político Noam Chomsky disse, dez anos atrás, quando ainda não conhecia bem a sinuosidade da política brasileira, que “A propaganda política está para uma democracia assim como o porrete está para um Estado totalitário”, complementando que “o compromisso é controlar a mente da população”. Se Chomsky se debruçasse no calendário eleitoral viria que no Brasil, são 35 dias de propaganda no rádio e na TV, como diria o compositor de Arcoverde, João Silva (1935-2013), “De Fiá Pavio”.

FEITO NOTA DE REPÚDIO
Antes do advento das redes sociais, quando chegava uma nota de repúdio aqui na sucursal do SJCC, em Brasília, a primeira providência era rasgar o papel e destiná-lo à reciclagem. Hoje, nem isso.

Na última sexta-feira (4), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, disse cobras e lagartos de notícias falsas, afirmando que “são verdadeiros cabrestos digitais”. No dia seguinte, a imprensa revela que o candidato Pablo Marçal (PRTB) teria divulgado laudo médico falso, atestando que o adversário Guilherme Boulos (Psol) teve “surto psicótico grave” após ingestão de cocaína.

PENSE NISSO!
É hora da Justiça Eleitoral agir, como em um filme de faroeste, estilo John Wayne (1907-1979), em “O Homem que Matou o Facínora” (1962). Tomar as providências e fazer justiça, como Tom Doniphon, personagem do “mocinho”do filme. Com as próprias mãos.

Houvesse a prisão do candidato do PRTB e ainda assim, Pablo Marçal estaria na disputa e poderia até vencer. A diplomação e a posse são outras histórias. Mas já que a Justiça Eleitoral promete ser célere, bem que a ministra Cármen Lúcia poderia entrar no circuito, chamar a Procuradoria-Geral Eleitoral e liquidar a fatura, sob pena de enfraquecer a democracia.

Caso seja falso o laudo não resta outro destino ao “mocinho” das redes sociais.

Pense nisso!

 

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