Em encontro sobre segurança, Lula e Caiado travam duelo à parte. 2026 é logo ali
Além do empadão goiano e pamonha de sal, Lula e Ronaldo Caiado têm algo em comum: o presidente e o governador de Goiás só pensam no Planalto
2026, O ANO DEPOIS DE AMANHÃ
Os salamaleques de Lula da Silva (PT) para Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) vão além do presidente da República para com um governador de estado. Lula disse a Caiado que em homenagem ao governador, tinha encomendado pamonha e empadão goiano para serem servidos na reunião sobre segurança pública. Caiado, por sua vez, elogiou Lula por sua “coragem” de abrir as portas do Planalto para dialogar um tema tão sensível, “mesmo discordando do seu conteúdo”.
CONTUDO
Quando o tema foi segurança, propriamente dita, Caiado disse que no estado dele, “no meu Goiás”, qualquer pessoa por ir em qualquer cidade “ficar na parada de ônibus, falando no celular” que não vai ser roubada. 2026 é logo ali.
POR OUTRO LADO
Lula saiu-se com essa: “nunca um presidente teve a coragem de debater esse assunto com os governadores”. Ele mesmo, no meio do primeiro mandato [2005] fez mais de uma reunião em Brasília, com os governadores para analisarem o tema da segurança pública. Já é quase 2026.
CHEGOU A HORA
As senadoras que “vendem” o discurso da igualdade de gênero, que defendem que Dilma Rousseff (PT) perdeu o mandato por ser mulher, pois agora a bancada feminina tem uma oportunidade de dar o troco.
UMA SENADORA NA DISPUTA
Eliziane Gama (PSD-MA) lançou seu nome “para análise”. Ela quer concorrer à presidência do Senado. À coluna Política em Brasília, Eliziane lembrou que “na história do Senado Federal, que data 200 anos, nunca uma mulher presidiu essa Casa”. De 81 cadeiras, o Senado tem 13 senadoras, o que corresponde a 16%, do total. Política de gênero também tem lá seus limites.
CAMBALACHO ELEITORAL
Embora negue, corre à boca miúda, pelo salão Verde, o principal da Câmara, que o presidente Arthur Lira (PP-AL) estaria negociando o apoio do PT à candidatura de Hugo Mota (Republicanos). Em troca, Lira trabalharia por um nome indicado pelo partido para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
TESTANDO POPULARIDADE
Mas há um porém. Quando soube que o nome do PT seria sua presidente, Glesi Hoffmann (PR), Lira teria advertido: “esse nome não passa”. A ver.
ALTO CUSTO
Considerando que cada governador trouxe a Brasília ao menos três assessores - se bem que Priscila Krause (Cidadania-PE) veio apenas com um - e calculando bilhetes aéreos, hospedagens, deslocamentos; por baixo, o encontro do presidente Lula da Silva (PT) para “vender” aos governadores a PEC da segurança pública, perto de R$ 300 mil foram torrados para que acontecesse a reunião.
DICA DE ENEM
Analise comigo a letra de “A Violeira”, de Chico Buarque, com música de Tom Jobim (1927-1994). A música, que recomendo na voz de Elba Ramalho, conta a história de uma mulher nordestina, “que sabia a minha sina era no Rio vir morar”. Foi aí que uma aluna recomendou que desse essa dica de leitura na preparação de linguagem e interpretação de texto. O quê, mesmo, Chico quis dizer com:
“Ver Ipanema
Foi que nem beber jurema
Que cenário de cinema
Que poema à beira-mar
E não tem tira
Nem doutor, nem ziguizira
Quero ver que é que tira
Nós aqui desse lugar.”
PENSE NISSO!
Minha gente, estou convencido de que o governo Lula faria bem ao país, já que, por gratidão, não pode demiti-lo, se dividisse o Ministério da Justiça e Segurança Pública em dois. E deslocasse o ministro Ricardo Lewandowski para a área de Justiça. Entregando a Segurança a um experiente nesse assunto.
Eu até teria um nome, mas Lula nem levaria em consideração, mas mesmo assim eu digo: o advogado Benedito Mariano. Tem experiência.
Somente assim, o presidente teria um entendido no assunto, sabe negociar até com bandidos e tem “know-how” também na academia, como educador.
Pense nisso!