Na trama do suposto golpe, nem todo mundo foi chamado

O Congresso Nacional bem que poderia pensar duas vezes antes de criar despesas para as prefeituras arcarem. Seria importante contribuição

Publicado em 23/11/2024 às 18:50
Google News

ESQUECERAM DE MIM
General da reserva e vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi o grande ausente na trama supostamente montada no governo anterior para matar os candidatos eleitos Lula da Silva, presidente; Geraldo Alckmin, vice; e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. “Temos aí, um grupo de militares, pequeno, a maioria da reserva, que em sete montaram um plano sem pé nem cabeça”, analisou o atual senador gaúcho.

‘CADÊ A TROPA?’
Enquanto testava sua popularidade que, convenhamos, está em alta, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou as notícias de que um grupo de militares teria tramado um golpe de Estado, contando, inclusive, com o seu apoio. “Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais? Pelo amor de Deus, não? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas. Estão querendo botar chifre em cabeça de cavalo”, disse, enquanto cortava o cabelo, em São Miguel dos Milagres (AL).

SEM CHANCE
O vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Coronel Meira (PL-PE), afirmou que “não há a mínima chance” de que seja retirada de pauta a proposta de emenda constitucional (PEC) que trata da anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando houve um quebra-quebra na praça dos Três Poderes.

ANISTIA ZERO
Durante a semana, lideranças do PT e do Psol protocolaram na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados um pedido para que a PEC seja arquivada. “Aqueles atos seguem mostrando à sociedade que foi armado um monumental complô - com a participação de civis e militares - que não se sentem contentes com as liberdades”, disse o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE).

OPERANDO COM A LUPA
A segurança dos palácios do Planalto e da Alvorada está sendo reforça, depois da revelação de um plano para envenenar o presidente Lula da Silva (PT), logo após a diplomação em novembro de 2022. Além do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), agentes da Polícia Federal e do Batalhão da Guarda Presidencial vão passar a ser mais exigentes para impedir o trânsito de pessoas nas imediações dos palácios. Mas Lula já avisou que não quer a volta das grades na porta do Planalto. O cercadinho da imprensa segue firme e intocável.

‘MEU AMOR’
Usando uma blusa verde de alcinha, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se pendurou no pescoço do marido, que trajava uma bermuda caqui e uma camisa do Caxias Futebol Clube, de Joinville (SC), sapecou-lhe um beijo no rosto e escreveu um banner: “Meu amor”. A frase é seguida de um coração vermelho. Foi a primeira manifestação de Michelle após pedido de indiciamento da Polícia Federal.

PENSE NISSO!
O municipalismo respira. É sob aparelhos, mas ainda está vivo.

No decorrer da semana que passou, prefeitos de Pernambuco estiveram na Confederação Nacional de Municípios e ouviram as reclamações de que os veteranos já têm conhecimento: “o Congresso Nacional é mestre em criar despesas para os gestores sem nem ao menos se preocupar em indicar de onde virá o dinheiro”.

É no município onde as ações acontecem, mas quase sempre as verbas se concentram para ações, digamos, mais vultosas. Por isso da urgência de se fortalecer entidades como a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco), com menos glamour e mais técnica. Mais assessoria para as prefeituras se municiarem de bons projetos.

Somente assim será possível captar recursos de órgãos de fomento para obras locais. Municipais.

Pense nisso!

PS: passo uma semana desempenhando minha função de “coffee hunter”, volto com boas notícias do mundo cafeinado. Até!

 

 

Tags

Autor