Bolsonaro pede ao STF para ir ao velório da mãe do presidente do PL, consegue autorização, mas desiste
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se sentiu "desapontado" ao ter de prestar informações à comissão da Câmara dos Deputados
TESTANDO O PRESTÍGIO
Tão logo soube da morte de Leila Costa, mãe do ex-deputado Valdemar Costa Neto (presidente do PL), o ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal para ir ao velório. O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a ida de Bolsonaro e, consequentemente, o seu encontro com Valdemar. Mas Bolsonaro não viajou. Os dois estão impedidos de se encontrarem, pessoalmente, em função das investigações no STF.
SILÊNCIO OBSEQUIOSO
A defesa de Bolsonaro assegurou que o ex-presidente não teria “quaisquer conversas sobre as investigações em curso na Corte Judicial”.
NEM PENSE!
Moraes autorizou, mas deixou claro que “o caráter provisório da presente decisão” não dispensa Bolsonaro de cumprir “demais medidas cautelares a ele impostas”. A defesa de Bolsonaro informou à coluna que o ex-presidente “desistiu da viagem” em função “do tempo exíguo”. O enterro ocorreu em Mogi das Cruzes (SP) onde Leila Costa foi primeira-dama quatro vezes.
FAZENDO BEICINHO
O ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, mostrou contrariedade ao chegar à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, dizendo ele que se tivesse sido convidado, “iria imediatamente”. O ministro começou seu discurso manifestando “inconformismo por ter sido convocado. Se eu tivesse sido convidado, eu viria imediatamente.”
O OUTRO LADO
À coluna, o presidente da comissão, deputado Alberto Fraga (PL-DF), afirmou que não houve “nenhuma retaliação nem abuso de autoridade”. Segundo Fraga, o diálogo com Lewandowski “foi sempre muito travado” e que o ministério sempre demorou em dar respostas ao colegiado.
A DIFERENÇA
Quando um ministro de Estado é convidado a uma audiência em qualquer comissão do Parlamento ele pode aceitar ou rejeitar o convite. Ao contrário, quando se trata de convocação, a autoridade não pode se furtar a comparecer.
CONFLITOS TRIBUTÁRIOS
Congresso sobre estudos tributários estará discutindo, até sexta-feira (6), temas relacionados à reforma tributária: “Valores e Contravalores”, sob o comando do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet). A advogada pernambucana Mary Elbe Queiroz vai participar da mesa de debates sobre “Meios alternativos à via judicial de solução de conflitos tributários”.
DE PERNAMBUCO PARA O MUNDO
Do sítio Caroá, no município de Carnaíba, bem ali, no sertão do Pajeú, a notícia que a coluna recebeu foi de que um grupo de estudantes daquela localidade conquistou o primeiro lugar, recebendo o prêmio “Solve for Tomorrow”. A garotada da equipe Filtropinha desenvolveu trabalho voltado para o tratamento da manipueira das casas de farinha do quilombo do Caroá. Coordenados pelos professores Gustavo Bezerra e Carla Robécia; Eduardo da Silva, Angela Rafaela, Beatriz Vitória e Luana Noemia transfomaram uma substância tóxica, como é a manipueira, em adubo orgânico.
ALIANÇA PELO CLIMA
Uma comitiva de parlamentares, entre eles Túlio Gadêlha (Rede Sustentabilidade-PE), chega hoje a Washington, nos Estados Unidos, para uma série de conferências com o objetivo de fortalecer alianças internacionais “em defesa da ação climática, da democracia e do desenvolvimento sustentável.”
PENSE NISSO!
O governo brasileiro não se emenda. Agora, resolveu comprar briga com a Casa Rosada porque o presidente Javier Milei decidiu cobrar taxa de estudantes estrangeiros, não residentes, que estudem em universidades públicas na Argentina.
O Itamaraty não tem um número exato, mas informações da embaixada argentina em Brasília, dão conta que são mais de uma centena de brasileiros estudando à custa do cidadão, do contribuinte argentino.
Ora, a coluna já se manifestou, recentemente, favorável a que houvesse, aqui no Brasil, algum retorno de alunos que estudam em universidades públicas. Poderia ser um período de prestação de serviços à comunidade, em escolas, postos de saúde ou em áreas afins à diplomação do brasileiro.
Logo, faz sentido que os brasileiros que atravessam a fronteira e se matriculam em escolas argentinas que contribuam com a comunidade local. De um jeito ou de outro. Até pagando matrícula e mensalidade.
É o mínimo que se pode esperar tanto aqui no país como lá fora.
Pense nisso!