Governador de São Paulo dá meia volta e reconhece importância da câmara corporal no policial
Indústria divulga nota, afirmando que PEC do BNDES apresenta "vícios constitucionais" e fere a "liberdade de empresa e da livre concorrência"
MEA CULPA
Tão raro entre as autoridades brasileiras, o gesto do governador de São Paulo, Tarcio Gomes de Freitas (Republicanos), bem que poderia ser copiado por outros gestores. Ao perceber que o uso de câmara corporal é “imprescindível”, o governador conheceu que “estava completamente errado”, quando criticou o uso do equipamento. Nesta quinta-feira (5), Tarcísio Freiras mostrou-se “convencido (de) que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial”. Antes tarde!
‘EXCESSO’ SEGUNDO CAIADO
Para quem “só pensa naquilo”, no caso o Palácio do Planalto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), escorregou feio ao avaliar casos de violência policial em São Paulo. Segundo Caiado, “são incidentes” que não podem desviar a atenção dos gestores para o combate ao crime organizado. “Incidentes precisam ser corrigidos, mas não podem ocultar o avanço do narcotráfico no país”, disse Caiado.
HAJA PRESSÃO
O projeto que regulamenta a inteligência artificial no Brasil deve ser votado pelo Senado Federal na terça-feira (10). Nesta quinta (5), estava pronto para ir ao plenário, mas senadores evangélicos, como Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES), manifestaram contrariedade ao artigo que tratada da proteção a direitos autorais prevista no texto. Isso emperrou o entendimento.
HINOS DE LOUVOR
A bancada favorável ao projeto, de autoria do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), bolou uma estratégia para pressionar a resistência. Está sendo orquestrada uma articulação com a chamada “massa de artistas do gospel”, que também seria prejudicada com a supressão dos artigos, para fazer cerco à Bancada da Bíblia. A música gospel ficou no top 10 dos vídeos mais assistidos do YouTube no Brasil.
MOSCA AZUL
A ministra Simone Tebet (MDB), do Planejamento, arrumou um jeito bem peculiar de criticar quem se sentir desapontado com a gestão do presidente Lula da Silva (PT). Segundo ela, avaliar o governo como negativo é o mesmo que “jogar contra o país”. Tebet disse: “Eu não posso acreditar que, em um governo bem avaliado como este, que o tal do mercado avalie em 90% seu governo como ruim. Isso não é imparcialidade, isso é jogar contra o país”. A ministra só não disse de onde ela tirou esse “governo bem avaliado”.
INDÚSTRIA CONTRA PEC DO BNDES
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que a proposta de emenda constitucional, que dá poderes do Congresso Nacional para barrar empréstimos de bancos públicos brasileiros para empreendimentos no exterior, "fere (a) liberdade de empresa e da livre concorrência”.
TUDO PORQUE
De acordo com a CNI, a proposta de autoria do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) “institui rito diferente para instituições públicas e privadas” e que seria “uma intervenção excessiva na atividade econômica”. Segundo a PEC do BNDES, como ficou conhecida a proposta, “em certos casos, o empréstimo acaba por não ser honrado”, como fizeram os governos de Cuba e da Venezuela que estão inadimplentes com bancos brasileiros.
PENSE NISSO!
Ceder ou não ceder o assento na janelinha do avião? Essa é a questão que travou a internet no Brasil. “To be, or not to be”, como na tragédia de Hamlet, segundo William Shakespeare (1864-1616), é coisa menor para o momento.
Isso. Quantitativamente falando, há uma certa unanimidade que a bancária que estava na janela do avião não deveria dar o lugar para uma criança que esperneava no colo da mãe, querendo o privilégio.
Depois que as companhias aéreas passaram a cobrar até por um copo [descartável] de café de qualidade duvidosa, ocupar assentado na janela do avião passou a ser um “produto de luxo”. Pago!
Na sala de aula uma inquieta estudante pergunta: “e o senhor, professor, cederia a janelinha?”.
- Com jeito, tudo é possível. Só não venha me chantagear com argumentos esteticamente baratos de empatia com a criança.
O que pareceu, pelas escassas informações que se detém do episódio, é que o comportamento da bancária, ligando o “dane-se”, foi a atitude mais prudente.
Pense nisso!