Futuro presidente do Banco Central nega ataque especulativo

O discurso de Gabriel Galípolo deixou sem palavras governistas que se revezavam aos microfones. Na Câmara, Arthur Lira se despede em grande estilo

Publicado em 19/12/2024 às 20:35
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NÃO HOUVE ATAQUE ESPECULATIVO
A afirmação foi feita nesta quinta-feira (19), por Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central. “Eu acho que a ideia de ataque especulativo, enquanto algo coordenado, não representa bem o que está acontecendo”. Segundo Galípolo, “não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico”. Calou os governistas que se revezavam nos quatro microfones do plenário da Câmara, reservados à esquerda, catando culpados.

E O PROBLEMA É O BPC!
Estudo do pesquisador Bruno Carazza aponta que o Brasil “torrou” em 2023 mais de R$ 11 bilhões com despesas acima do teto constitucional, levando em conta somente pagamentos feitos para integrantes do Poder Judiciário e do Ministério Público.

OPERAÇÃO PENTE-FINO
No Congresso Nacional não há um político bem intencionado que seja contrário a que o Poder Executivo, leia-se governo federal, realize uma operação para checar dados, analisar cadastros dos beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), inclusive das doenças que dão direito ao benefício.

A CRISE MORA AO LADO
O deputado Coronel Meira (PL-PE) subiu à tribuna para “colocar a verdade” na crise fiscal “patrocinada pelo presidente Lula”. Segundo Meira, “essa desvalorização do real [frente ao dólar] pode ter sido planejada pelo governo para fechar as contas usando as reservas em dólar”.

‘QUANDO FEVEREIRO CHEGAR’
Na voz de Geraldo Azevedo, a música parece falar de amor, de sonhos: “fazendo a noite parecer um dia”. No União Brasil a reunião para escolha do líder do partido teve de ser adiada por - digamos - falta de entendimento: “A gente ri, a gente chora. Ai, ai, ai, a gente chora”, completaria o petrolinense. Estão na disputa os nordestinos Mendonça Filho (Pernambuco), Damião Feliciano (Paraíba) e Pedro Lucas Fernandes (Maranhão).

CONTANDO OS TROCADOS
Isso é que chamamos de “sem ter o que fazer”: o governo federal publicou uma portaria no Diário Oficial determinando que um funcionário público recolha, ao menos “a cada seis meses”, as moedas jogadas pelos turistas nos espelhos d’água tanto na porta do Palácio do Planalto como nas proximidades da residência oficial, o Palácio da Alvorada. Pelas normas governamentais, “o dinheiro recolhido deve ser depositado no caixa da União”.

PERDA DE TEMPO, À ENÉSIMA POTÊNCIA
E não é que tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, parlamentares oposição - Carla Zambelli (PL-SP) e Rogério Marinho (PL-RN), respectivamente deputada e senador - usarem tempo de liderança para criticar o governo Lula por “está juntando moedinhas para enfrentar a crise fiscal”?

VEM CHUMBO GROSSO
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promete rebater dados do ministro da Reforma Agrária, Paulo Teixeira, que anunciou compra de terras “para apaziguar os ânimos no campo”. Lideranças do MST prometem desmontar “uma a uma as informações do ministro” e revelar “a carência de reforma agrária e de um política agrícola”. Foi-se o tempo que os sem terra balançavam a cabeça para os discursos do governo do PT.

PENSE NISSO!
“Caiu o pano”, deputado Arthur Lira (PP-AL)! O presidente da Câmara encerra seus quatro anos de mandato feito um tratorista desmatando terra, aplainando estradas, cavando poços. Lira foi um tratorista.

Ele aboletou-se na cadeira apoiado pelo governo debilitado de Jair Bolsonaro (PL) e depois, pelo até então enigmático governo de Lula da Silva (PT). Resultado: Arthur Lira pintou o bordou.

Seu mandato se encerra em 1º de fevereiro, mas o alagoano soube muito bem ligar a “patrola”, comprada com dinheiro das emendas parlamentares, muitas delas pouco transparentes e atropelou a arrogância de Lula e a insensatez de Bolsonaro, colocou os dois no bolso e saiu por aí, distribuindo patadas aos que o criticavam e dinheiro de emenda a quem lhe jogava incenso.

Vai, Lira!

Pense nisso!

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