Conflito entre STF e Congresso, em função das emendas parlamentares, está longe de um fim
Bancada feminina do PT na Câmara e no Senado chama de "machistas" reportagens que apontam gastos da primeira-dama Rosângela Lula da Silva
A FRAGILIDADE DE LIRA…
…chama-se ata das comissões! Regimentalmente, as comissões permanentes da Câmara - como Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Saúde, Integração Nacional, só para citar alguns exemplos - se reúnem para determinar sobre a liberação de recursos do Orçamento da União, naquela área específica. As comissões, então, elaboram uma ata, com a resolução do colegiado, apontando para onde devem ir os recursos e seus respectivos projetos.
ACONTECE…
…que em meio à pressa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de agradar o Palácio do Planalto que temia não ver o pacote de medidas do ajuste fiscal aprovado, Lira suspendeu as comissões, “pegou” os recursos, destinou o montante para ser “administrado” pelo colégio de líderes e foi aí que o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, entrou no circuito.
JÁ NO SENADO…
…de onde Dino é oriundo, o ministro rejeitou pedido do Senado Federal para o pagamento de emendas de comissão, por falta de atas, embora tenha dito que “o Senado tenha um grau elevado de transparência”, mas não o suficiente para liberar o pagamento.
O ‘BICO’ DA VIRADA
Já se foi o tempo em que turistas faziam fila para tirar foto diante da entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Na segunda-feira (30), um motorista de aplicativo recebeu autorização do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) para desembarcar um cinegrafista nas imediações do palácio. “Esperto” como ninguém, o motorista aproveitou o salvo-conduto do BGP e a aglomeração de profissionais de imprensa para anunciar dezenas de jogos da Mega da Virada. Vendeu todos os bilhete. O brasileiro é um “empreendedor” nato.
‘TOCAR FOGO EM BRASÍLIA’
A Polícia Civil do Distrito Federal agiu rápido e prendeu o corretor de imóveis Lucas Ribeiro Leitão. Nas redes sociais ele ameaçava com ataques em Brasília. Criada para enfrentar as crescentes ameaças à capital, a Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento prendeu o corretor de imóveis enquanto pegava carona em um caminhão, na divisa da Bahia com o Estado de Goiás, a caminho de Brasília. “Toda e qualquer denúncia ou ameaça identificada pelo serviço de inteligência é apurada com seriedade. Estes atos terão consequência”, antecipou Alexandre Patury, secretário-executivo da Segurança Pública do DF.
PAUTA IDENTITÁRIA
A bancada feminina do PT no Congresso Nacional chamou de “machismo” reportagens da imprensa que apontam o auto custo das despesas da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, arcadas pelo bolso do pagador de imposto. Segundo as parlamentares, ela estaria ressignificando “o papel de primeira-dama” e, assim, "rompendo com o conceito arcaico e machista de subserviência e passividade”. A bancada feminina não escreveu um linha, sequer, sobre qualquer feito realizado por Rosângela Lula da Silva.
PENSE NISSO!
O ex-deputado Roberto Campos (PPB-RJ) dizia que a Constituição Brasileira é “um hino à preguiça e uma coleção de anedotas (…) comoventemente utópica no social”. Essa mesma Carta diz no artigo 6º que os poderes são “independentes e harmônicos”.
Pois não é que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), provável presidente d Câmara, deixou a sede do Parlamento e foi à Granja do Torto, casa de campo usada pelo presidente da República, Lula da Silva (PT), chefe do Poder Executivo.
Conversa vai, conversa vem e não é que Motta prometeu a Lula que não vai colocar em pauta projetos que no Congresso Nacional são chamados de pauta-bomba nem pauta de costume, como querem os parlamentares bolsonaristas.
Quando Hugo Motta nasceu, a Constituição nem tinha ainda completado um ano. Agora que já chegou à casa dos 35, o paraibano de João Pessoa dá sinais de que a subserviência diante do Executivo será a tônica de sua gestão nos próximos dois anos.
Pobre Constituição!
Pense nisso!