Sobe para 5 número de supostas vítimas de estupro na UPA da Imbiribeira

Publicado em 26/02/2018 às 10:27 | Atualizado em 27/02/2018 às 7:50
Médico teria estuprado pacientes durante atendimento na UPA da Imbiribeira. Foto: Divulgação
Rosilda Tomaz da Silva, de 69 anos, faleceu após ser transferida para a UTI - FOTO: Médico teria estuprado pacientes durante atendimento na UPA da Imbiribeira. Foto: Divulgação
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Médico teria estuprado pacientes durante atendimento na UPA da Imbiribeira. Foto: Divulgação O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, afirmou nesta segunda-feira (26) que subiu para cinco o número de vítimas que procuraram a Delegacia da Mulher para denunciar o médico ortopedista de 35 anos suspeito de estupros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Os casos estão sob sigilo. Das cinco mulheres, três já prestaram depoimento à polícia. Outras duas serão ouvidas nesta segunda-feira. "Há grandes possibilidades de que estejamos diante de ‘serial’, um criminoso que age repetidamente. O perfil dele foge muito do usual, porque geralmente esses criminosos são pessoas próximas às vítimas. Por ele ser médico, acreditamos que ele aproveitava a posição e a possibilidade de contato físico para praticar a violência contra as vítimas. É importante que elas procurem a Delegacia da Mulher para denunciar. Equipes vão estar preparadas para recebê-las”, afirmou Kehrle. O profissional também é réu em dois processos por denúncias de erros médicos O chefe da Polícia Civil informou ainda que, com base nos depoimentos das vítimas e de testemunhas, o médico deve ser indiciado pelos crimes. Ele ainda não se apresentou à polícia. Até agora, o que se sabe é que a primeira foi uma jovem de 18 anos, que teria sido estuprada na manhã da quarta-feira (21), e a outra foi uma universitária de 32 anos, que tomou coragem de procurar a polícia após a repercussão do caso. A primeira vítima fez exames sexológicos no Instituto de Medicina Legal (IML). Os resultados ainda não foram divulgados. O homem suspeito de estupro na UPA da Imbiribeira é médico há nove anos. Ele se formou pela Universidade do Rio Grande do Norte e especializou-se na área de ortopedia e traumatologia, com ênfase em cirurgias. Além da UPA, ele também trabalha em clínicas particulares. O nome do profissional está sendo mantido em sigilo pela Polícia Civil até que as investigações sejam concluídas e seja comprovado se ele praticou ou não os abusos sexuais. O inquérito deve ser concluído em até 30 dias. Até lá, os investigadores estão ouvindo testemunhas, como colegas de trabalho, para traçar o perfil do médico. O médico foi afastado das funções, por determinação da direção da UPA da Imbiribeira. O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) também confirmou que abriu sindicância para investigar a conduta do profissional, que pode perder o direito de exercer a profissão. DENÚNCIAS A Ouvidoria da Mulher funciona 24 horas por dia, por meio do número: 0800.281.8187. Qualquer tipo de violência relacionada ao sexo feminino pode ser denunciada nesse telefone. LEIA TAMBÉM Há dois anos no STJ, pedido de novo júri para o Caso Serrambi segue indefinido Dez cidades concentram mais da metade dos estupros em Pernambuco Delegacias da Mulher fechadas nos horários em que elas mais precisam

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