Sem solução

Caso Beatriz muda de delegado pela quarta vez

Quarta delegada responsável por investigar o assassinato da menina Beatriz Mota, de 7 anos, em Petrolina, deixou o caso

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 17/03/2020 às 5:07
ARQUIVO PESSOAL
Menina de 7 anos foi assassinada com mais de 40 facadas - FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Sem alarde, a Polícia Civil de Pernambuco publicou uma portaria com a mudança de delegados responsáveis pela investigação do assassinato da menina Beatriz Mota, de 7 anos. O crime, ocorrido em dezembro de 2015, em Petrolina, no Sertão do Estado, segue sem solução até hoje. E pela quarta vez, o delegado titular é substituído no caso. A sensação de impunidade só aumenta.

Oficialmente, a Polícia Civil afirma que a saída da delegada Francisca Polyanna Neri foi um pedido dela. "Em fevereiro de 2020, a citada delegada, por sua própria iniciativa e de forma espontânea, requereu seu afastamento do caso, sendo, portanto, necessário a revogação daquela portaria e a consequente designação de outra autoridade policial para substituí-la", informou nota enviada na noite dessa segunda-feira (16).

No lugar da delegada, a Chefia da Polícia Civil designou para o caso os delegados Isabella Cabral Fonseca Pessoa e João Leonardo Freire Cavalcanti. Este último bastante conhecido no Recife por atuar, por muitos anos, no Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

A família de Beatriz não ficou satisfeita com a nova mudança. "É preocupante a saída de Polyanna, pois a mesma tem uma linha de investigação muito forte e que acreditamos que leva à conclusão do caso", disse uma nota de repúdio publicada pela família. 

SEM SOLUÇÃO

O fato é que já se passaram quatro anos e a polícia não consegue esclarecer quem matou (e quem mandou matar?) a menina com mais de 40 facadas. Um crime brutal, em uma escola tradicional particular em Petrolina, que lança muitas dúvidas sobre a motivação do homicídio. A polícia não cansa de dizer que não está medindo esforços para elucidar o caso, mas, na prática, a sensação da sociedade e, claro, da família, é de que as investigações não avançam e os culpados não serão punidos. Infelizmente. 

 

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