O assassinato brutal da menina Beatriz Mota, de 7 anos, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, permanece sem solução. São exatos 55 meses do crime, mas as investigações não avançam e, até hoje, nenhum suspeito foi preso. O caso, de tão complexo, já está no quinto delegado responsável pelo inquérito.
O corpo de Beatriz foi encontrado com várias lesões provocadas por faca dentro de uma sala no colégio particular onde ela estudava, em 10 de dezembro de 2015. No momento do homicídio, acontecia uma festa de formatura e a instituição estava bastante movimentada, mas nenhuma testemunha ouvida pela polícia, na época, disse ter visto o crime.
A Polícia Civil segue sem dar informações sobre as investigações. Alega que o caso está sob segredo de Justiça. Desde o último mês de março, uma nova força-tarefa está responsável pelo inquérito. Os delegados Isabella Cabral Fonseca Pessoa e João Leonardo Freire Cavalcanti comandam a investigação. Oficialmente, a informação repassada foi a de que a delegada anterior, Francisca Polyanna Neri, pediu para deixar o caso.
Sem respostas consistentes da polícia, os pais de Beatriz decidiram fazer uma investigação paralela para tentar solucionar o crime e diminuir a dor e sensação de impunidade.
SUSPEITO
Em 2017, a Polícia Civil chegou a divulgar a imagem de um suspeito que possivelmente entrou no colégio particular, onde acontecia uma festa de formatura, e matou a menina. Uma câmera flagrou o rapaz do lado de fora, mas nenhuma imagem do lado de dentro registrou a dinâmica do crime. A imagem do suspeito, vale destacar, era pouco nítida. Apesar da divulgação, a Polícia Civil ainda não conseguiu descobrir a identidade do homem para esclarecer o crime.
Testemunhas contaram à polícia que o suspeito teria sido visto tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz. Mas ninguém, até então, havia desconfiado de nada.
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