Investigação

PCC avança no Agreste de Pernambuco. Polícia contra-ataca

Segundo as investigações, facção está agindo em cidades como Surubim e Casinhas, comandando um forte esquema de tráfico de drogas e impondo medo à população

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 15/07/2020 às 6:37 | Atualizado em 23/07/2020 às 7:35
PCPE/Divulgação
A investigação, vinculada à Diretoria Integrada Especializada – DIRESP, teve início em abril de 2020 - FOTO: PCPE/Divulgação

O avanço da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das mais perigosas do Brasil, em municípios do Agreste de Pernambuco se tornou um desafio para a polícia. Segundo as investigações, membros da facção estão agindo em cidades como Surubim e Casinhas, comandando um forte esquema de tráfico de drogas e impondo medo à população. Mas, nessa terça-feira (14), a polícia começou a contra-atacar.

Uma operação da Polícia Civil, denominada Lança Gloriosa, cumpriu quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pela 1ª Vara da Comarca de Surubim. A coluna apurou que, entre os presos, há suspeitos de integrar o PCC e pessoas que estão colaborando com a facção.

Eles teriam envolvimento no assassinato do policial civil José Rogério Duarte Batista, de 56 anos. O crime ocorreu no final de maio deste ano, às margens da rodovia PE-90, em Surubim. A vítima era lotada no batalhão de Casinhas. Para os investigadores, a morte do policial foi um atentado da facção criminosa contra toda a instituição.

"Isso é algo que mexe com todo o efetivo e gera insegurança na população, mas a resposta foi dada com as prisões. Há um monitoramento contínuo feito pela polícia para combater essas facções", afirmou uma fonte da Polícia Civil, ouvida em reserva pela coluna.

Os presos vão responder por homicídio qualificado de agente público, porte de armas de calibre restrito e participação em organização criminosa. Outros membros do PCC ainda estão sendo procurados.

O avanço do PCC no Agreste também pode ter relação com a fuga em massa na Penitenciária de Limoeiro, na semana passada. Após a explosão de um muro, 27 detentos de alta periculosidade (entre eles, integrantes da facção) fugiram.

A coluna Ronda JC enviou alguns questionamentos sobre o caso para a assessoria da Polícia Civil de Pernambuco, mas não obteve resposta.

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