Assentamento Normandia

Centro de formação do MST em Pernambuco é invadido e pichado com símbolo do nazismo e a palavra 'mito'

O Centro de Formação Paulo Freire, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Caruaru, foi alvo de ataque no final de semana

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Amanda Azevedo

Publicado em 14/11/2022 às 15:15 | Atualizado em 14/11/2022 às 17:29
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O Centro de Formação Paulo Freire, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, foi invadido, no sábado (12), e teve as paredes pichadas com suásticas, símbolo do nazismo, e a palavra "mito".

Além disso, a casa da coordenadora do centro, nas proximidades, foi arrombada e incendiada.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (14), o MST em Pernambuco relatou que quatro homens vestindo camisas amarelas foram vistos invadindo o espaço, localizado no assentamento Normandia, durante a madrugada.

"Aproveitaram uma festa de vaquejada, com som extremante alto, que estava ocorrendo no Parque de Vaquejada Milanny, na frente de nosso assentamento. Às 3h, os bolsonaristas invadiram o espaço do centro", afirmou o MST.

Integrantes do movimento foram alertados e conseguiram apagar o fogo, que ainda queimou o telhado da casa, camas e pertences. Ninguém ficou ferido.

 

Investigação do ataque a centro do MST em Pernambuco

O ataque está sendo apurado pela Polícia Civil como um "incêndio criminoso". A corporação não quis dar detalhes do caso. Até o momento, não houve prisão. 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), determinou prioridade na investigação.

"Determinei ao secretário de Defesa Social, Humberto Freire, prioridade na investigação da invasão registrada no Centro de Formação Paulo Freire. Não vamos tolerar ataques de natureza discriminatória e de incentivo ao ódio em nosso Estado", publicou o gestor nas redes sociais.


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