HOMICÍDIO

Mulher viaja para encontrar homem que conheceu na internet, é morta e tem órgãos roubados

O suspeito foi preso sob a acusação de feminicídio, tráfico de pessoas e tráfico de órgãos

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Milena Galvão

Publicado em 26/11/2022 às 15:27
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Após viajar 4000 km até o Peru, com o objetivo de encontrar um homem que conheceu na internet, uma mexicana foi assassinada e teve os órgãos roubados

A vítima chamava-se Blanca Arellano, tinha 51 anos e residia na Cidade do México. Ela havia começado um namoro virtual com Juan Pablo Jesus Villafuerte Pinto, estudante de medicina e biotecnologia de 37 anos. 

De acordo com o jornal argentino Infobae, os dois se conheceram em um aplicativo de jogos e mantinham um relacionamento online há vários meses.

O homem convidou a mexicana para visitá-lo em Lima, para que se conhecessem melhor. Bianca aceitou a proposta e partiu para encontrar o namorado. 

Após uma semana conhecendo a cidade ao lado de Villafuerte, Blanca desapareceu. Preocupados após dias sem notícias, os parentes da mulher buscaram a ajuda das autoridades para iniciar uma operação de busca.

Karla Arellano, sobrinha da vítima, havia falado com ela antes do desaparecimento e estranhou que, repentinamente, a tia parou de responder suas mensagens e ligações.

A jovem utilizou suas redes sociais para relatar o caso e pedir ajuda das pessoas para encontrar sua tia:

"Nunca pensei que estaria nessa situação. Hoje peço apoio e divulgação para localizar uma das pessoas mais queridas e importantes da minha vida. Minha tia Blanca Olivia Arellano Gutiérrez desapareceu na segunda-feira, 7 de novembro, no Peru. Ela é de origem mexicana, tememos por sua vida", escreveu a mulher, no Twitter.

Além disso, Karla entrou em contato com Juan Pablo Villafuerte e o interrogou para obter possíveis pistas sobre o paradeiro da tia. 

O peruano afirmou a Karla que sua tia se cansou dele, porque ele não podia dar a ela o estilo de vida que desejava. Segundo o estudante, a mulher havia terminado o namoro e decidiu voltar ao México.

Contudo, em 9 de novembro, as autoridades peruanas anunciaram que foi encontrada uma cabeça de uma mulher, com o rosto deformado, em uma praia perto de uma casa que pertence a Villafuerte, em Huacho.

Os agentes da polícia também localizaram, algumas horas depois, um dedo decepado com um anel de prata e, em seguida, o resto do corpo no mar.

Divulgação/Departamento de Investigação Criminal de Huacho
Juan Pablo Villafuerte sendo preso sob acusação de feminicídio e tráfico de órgãos - Divulgação/Departamento de Investigação Criminal de Huacho

Foi descoberto, ainda, que o canal passa em frente à Universidade Nacional José Faustino Sanchez Carrion, onde Villafuerte estuda medicina.

Os peritos forenses também concluíram, após análises, que o rosto da vítima havia sido removido por alguém experiente em instrumentos cirúrgicos. Além disso, traços do sangue de Blanca também foram descobertos no apartamento de Villafuerte.

Após as pistas apontarem para Villafuerte, a polícia o prendeu sob a acusação de feminicídio, tráfico de pessoas e tráfico de órgãos. De acordo com os investigadores, o peruano matou Blanca e retirou seus órgãos para vendê-los posteriormente.

A polícia informou, ainda, que ele também teria postado vídeos dos órgãos da vítima nas redes sociais, alguns dias após o desaparecimento dela.

Apesar das provas, Villafuerte nega seu envolvimento no crime e permanece sob custódia da polícia enquanto a investigação continua.

 

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