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Sarampo: 17 casos foram confirmados este ano em Pernambuco

Os casos de sarampo são de Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Olinda, Paulista, Recife (2), Sirinhaém (1) e São Bento do Una (1).

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 09/03/2020 às 16:57 | Atualizado em 09/03/2020 às 17:17
BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
Em Pernambuco, na vacinação de rotina, a cobertura da primeira dose da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) está em 69,6% na primeira dose e 42,8% na segunda. O preconizado pela Organização Mundial de Saúde é uma cobertura mínima de 95% - FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

A mobilização nacional de vacinação contra sarampo, com foco na população de 5 a 19 anos, termina no dia 13 de março. Em Pernambuco, neste ano, segundo o balanço mais recente da Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram notificados 76 casos suspeitos de sarampo, dos quais 17 (22,4%) já foram confirmados, 28 (36,8%) descartados e 31 (40,8%) permanecem em investigação. Os dados de 2020 são referentes até 22 de fevereiro.

Os casos de sarampo são residentes de Camaragibe (1), Igarassu (3), Ipojuca (3), Olinda (2), Paulista (4), CinRecife (2), Sirinhaém (1)  São Bento do Una (1).

Os maiores percentuais de casos de sarampo são nas faixas etárias de 6 meses a menores de 1 ano (23,5%) e de 1 a 4 anos de idade (23,5%)

A cobertura vacinal da tríplice viral em Pernambuco está em 95,6% na primeira dose. Mas na segunda dose está em 77,2%, infelizmente, o que representa um índice abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para oferecer proteção contra sarampo, caxumba e rubéola. 

Coronavírus 

Mesmo com o novo coronavírus em evidência no Brasil e no mundo, o Ministério da Saúde também está atento e tem alertado a população quanto à importância da vacinação contra o sarampo. A doença é grave e de alta transmissibilidade. Para se ter uma ideia, uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas que não estejam imunes. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário o contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada.

As crianças são mais suscetíveis às complicações da doença. O Brasil já registrou o terceiro óbito por sarampo, sendo todos de crianças. Por isso, desde agosto de 2019, o Ministério da Saúde passou a adotar, como medida preventiva, a chamada ‘dose zero’. Assim, todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Basta que os responsáveis procurem os postos de saúde durante todo o ano. Essa dose não é considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação e, por isso, deve ser feita, a partir dos 12 meses (1ª dose), a vacina tríplice viral; e aos 15 meses (2ª dose), a vacina tetra viral ou tríplice viral mais varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses.

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