Pernambuco registrou a quinta semana seguida de crescimento nos indicadores do novo coronavírus (covid-19). Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (22), o secretário de Saúde do Estado André Longo voltou a pedir a conscientização das pessoas durante as últimas semanas de dezembro, principalmente durante as festas de fim de ano.
A semana epidemiológica 51 registrou 855 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), um aumento de 16% em relação à semana 50 e de 19,9% em relação à semana 49, ou seja, em 15 dias. A procura por leitos também cresceu no Estado. Entre as semanas 51 e 50 o aumento foi de 6,7%.
"Estamos passando por mais um momento difícil nesta pandemia. Ainda longe dos indicadores de maio e junho, mas com clara tendência de alta", afirmou André Longo.
O secretário fez um novo apelo para que as pessoas obedeçam as regras de distanciamento e que evitem aglomerações no fim de ano. "Sozinhos, nós, poder público, não vamos conseguir vencer. Somos todos responsáveis pelo controle da doença. O Natal, de confraternizações e efusivos encontros, precisa diferente, com não mais do que 10 pessoas, restritas ao núcleo familiar mais próximo. Os protocolos de uso de máscara, lavagem de mãos e distanciamento devem ser reforçados", lembrou.
"Não cabe ao governo intervir em decisões de âmbito familiar, mas este é um momento de sacrifício a mais, porque a pandemia ainda não acabou. O Natal deste ano não pode ser como estávamos acostumados. Apesar disso, que cada um possa transformar o Natal em um momento de paz, cuidado e esperança de um futuro melhor. O nosso bem maior é a vida e as pessoas que amamos só estarão seguras se todos nos tornarmos agentes de proteção."
2021
Sobre o próximo ano, o secretário afirmou que, segundo epidemiologistas, a doença deve guardar algum tipo de sazonalidade. "Não chegando a vacina nos primeiros três meses, é possível que tenhamos aceleração da pandemia entre o final de fevereiro e março. Isso vai depender do comportamento social que adotarmos nos próximos dias e meses. É preciso se resguardar, ser agente de prevenção, respeitar as normas sanitárias. Isso poderá acontecer e existe uma previsão de que aconteça, mas será tão mais intenso quanto forem os descumprimentos das normas", argumentou Longo.
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