COVID-19

Vou ter que tomar a terceira dose da vacina contra a covid-19? Veja o que se sabe até agora

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, revelou nesta quarta-feira (25) quem deve receber o "reforço"

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Vanessa Moura

Publicado em 25/08/2021 às 10:28 | Atualizado em 25/08/2021 às 11:04
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Com o avanço das novas variantes da covid-19 no Brasil, a possibilidade da aplicação de uma terceira dose de vacina contra o novo coronavírus já vinha ganhando corpo nos últimos dias. Nesta quarta-feira (25), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que a terceira dose será, sim, aplicada. De acordo com o chefe da pasta, o 'reforço' começará a partir do dia 15 de setembro, mas nem todo mundo receberá o imunizante.

Queiroga revelou que apenas idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos poderão receber a terceira dose por enquanto. O intervalo entre a segunda dose e a terceira precisa ser de, no mínimo, seis meses para os idosos, e de 21 dias para os imunossuprimidos. O imunizante utilizado para aplicação desta terceira dose será, exclusivamente, o da Pfizer.

“Em função sobretudo da Delta e da necessidade de aumentar a proteção da população, estávamos tratando de reforço de dose. E esse reforço será direcionado primeiro àqueles indivíduos [...] que são imunossuprimidos. Desde que tenham tomado a última dose de vacina depois de 21 dias, nós vamos aplicar um reforço e a vacina será a vacina da Pfizer. O outro grupo são os idosos, acima de 70 anos. Inicialmente, vamos aplicar também uma dose da vacina da Pfizer para aqueles que tomaram a última dose há seis meses”, explicou o ministro.

A decisão de começar a imunizar uma parcela da população com a terceira dose foi tomada, segundo revelou o ministro, por conta da disseminação da variante Delta no País.

Pesquisas preliminares já têm sido capazes de mostrar que a primeira dose das vacinas tem eficácia reduzida e não consegue evitar boa parte das infecções desta variante. A proteção, no entanto, 'cresce' após uma segunda dose. A terceira dose seria uma forma de aumentar o nível de segurança da imunização. 

Se o restante da população receberá ou não uma terceira dose, ainda é uma pergunta não respondida. Segundo o ministro, esta decisão só poderá ser tomada depois da conclusão de um estudo que o Ministério da Saúde está fazendo em parceria com universidades.

Apesar disso, uma outra medida tomada pelo Ministério da Saúde visa a proteção do restante da população: a antecipação da aplicação da segunda dose a partir do dia 15 de setembro. Deste modo, o intervalo entre as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca passará de 12 para 8 semanas, como já acontece no Reino Unido. A mudança acontece na esperança de frear as contaminações pela variante.  

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