Ômicron e vacinas: o que a Anvisa diz sobre eficácia contra variante
Anvisa solicitou às desenvolvedoras de vacinas autorizadas no Brasil informações sobre os estudos em andamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que trabalha ativamente com os reguladores internacionais e desenvolvedores dos imunizantes para possibilitar uma atuação rápida diante de potenciais impactos da nova variante ômicron nas vacinas contra covid-19 usadas no Brasil. É importante ressaltar que, até o momento, não se conhece esses impactos.
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Números da ômicron
- 50 ou mais mutações foram detectadas na variante ômicron, o que pode ter impacto na forma como o vírus se propaga e na gravidade da doença
- 32 dessas mutações estão na superfície do vírus — na proteína spike, que é a “chave” para entrar na célula humana. Algumas dessas mutações são inéditas; nunca ocorridas em outra variante
- 3 vezes maior é a chance de reinfecção pela nova variante ômicron, segundo estudo conduzido na África do Sul
As empresas desenvolvedoras farão testes de desempenho das vacinas contra a nova variante ômicron. A expectativa é que, nas próximas semanas, estejam disponíveis os dados das avaliações iniciais. A Anvisa mantém o compromisso de atuar juntamente com as autoridades internacionais e as empresas envolvidas para permitir que as atualizações nas vacinas, caso necessárias, sejam realizadas com agilidade, a fim de manter o perfil de qualidade, eficácia e segurança.
A Anvisa solicitou às desenvolvedoras de vacinas autorizadas no Brasil informações sobre os estudos em andamento. A solicitação foi encaminhada aos laboratórios Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen. A Anvisa exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes. É preciso observar, porém, que esses estudos demandam tempo, uma vez que é preciso obter informações genéticas e amostras de pacientes para então realizar os testes e a análise.
"Atenção! As vacinas atuais permanecem efetivas na prevenção contra a covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte. O momento é de cautela. A melhor coisa que a população pode fazer é ser vacinada ou receber o reforço do imunizante e manter as medidas de prevenção, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social", diz a Anvisa, que assegura estar monitorando a situação e fará comunicados à medida que as informações forem apresentadas e avaliadas.