Na falta de Janssen, municípios pernambucanos podem usar Pfizer como reforço
Pernambuco atingiu a marca de 14 milhões de doses aplicadas contra a covid-19
Pernambuco começa a distribuir aos municípios 19.450 doses da vacina da Janssen para iniciar a dose de reforço contra a covid-19 naqueles que fizeram a primeira aplicação com esse imunizante. Contudo, esse quantitativo vai atender apenas 11,2% dos 173.073 pernambucanos vacinados anteriormente com a Janssen. Por isso, quando o insumo acabar, a orientação é dar continuidade ao reforço com dose da Pfizer. A autorização é baseada em recomendação do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e também leva em consideração a falta de previsão pelo Ministério da Saúde (MS) para envio de mais insumo da Janssen para o Estado. O anúncio foi feito, durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (9).
"Precisamos acelerar o reforço daqueles que tomaram uma dose da Janssen. Com a indisponibilidade do insumo para todos, será possível fazer o reforço com a Pfizer. Alguns pernambucanos já completaram 5 meses da primeira aplicação, sendo indispensável, de acordo com os estudos, aumentar os níveis de anticorpos no organismo, ampliando a proteção contra a Covid-19", afirma a superintendente de Imunizações da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. É importante frisar que o esquema heterólogo (mesclando marcas diferentes de vacinas) também garante a imunização do indivíduo, conforme comprovação de estudos científicos.
Pessoas que foram vacinadas com dose única da Janssen e já tomaram um reforço da Pfizer não precisarão de mais uma dose da Janssen, tendo seu esquema vacinal considerado completo.
Durante a coletiva, o secretário Estadual de Saúde, André Longo, ainda comemorou a marca de 14 milhões de doses de vacinas aplicadas em Pernambuco. "Sem dúvida, é um número muito expressivo. Mas ainda é pouco frente ao risco que corremos de um novo pico da doença. Até fevereiro e março, historicamente nosso período de maior incidência de doenças respiratórias, precisamos alcançar patamares acima de 90% na vacinação completa, bem como percentuais elevados de aplicação da dose de reforço", disse.
Além da segunda dose, o gestor destacou a importância do reforço. "As evidências apontam que, ao longo do tempo, o organismo vai perdendo a memória imunológica, o que diminui a proteção da vacina ao passar dos meses. Mas nós precisamos chegar no começo de 2022 com a população pernambucana com níveis altos de anticorpos no organismo", concluiu.