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Gripe H3N2: Samu Recife tem forte aceleração na subida de atendimento a pessoas com sintomas respiratórios

Samu Recife recebeu 68 chamadas de pessoas com queixas de sintomas gripais no último domingo

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 27/12/2021 às 17:29 | Atualizado em 28/12/2021 às 14:37
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Nos últimos dias, os registros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) da Prefeitura do Recife por causas respiratórias acompanham a subida de casos de gripe que ocorre na capital pernambucana. Só no último domingo (26), o Samu Recife recebeu 68 chamadas de pessoas com queixas de sintomas gripais. Com base nos relatos dos pacientes, o serviço enviou 46 ambulâncias para atender os casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), condição considerada suspeita de covid-19 e de gripe, e encaminhar a unidades de saúde. 

Leia também: Gripe H3N2: com salto de casos em menos de 10 dias, Recife confirma pelo menos 818 pessoas acometidas pela doença

Ao considerar o encaminhamento de ambulâncias para quadros de srag, o Samu Recife manteve, no domingo (26), uma média móvel (últimos sete dias) de 33,1 envios de ambulâncias. "Assistimos a uma elevação sustentada de atendimento por causas respiratórias desde o dia 18 de dezembro. É uma escalada dos números. Naquela data, saímos de uma média móvel de 11 para o atual índice de 33. Isso nos assusta", diz o médico Leonardo Gomes, coordenador-geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes. 

Ele chama a atenção para o fato de a rede já estar sobrecarregada devido à explosão dos casos de gripe. "Já estamos com muita dificuldade de acessar as unidades de saúde, com pacientes que precisam aguardar vagas nas ambulâncias. Essa subida (de casos) se deu de forma rápida. Hoje temos 24 ambulâncias, mas tínhamos 30 no pico (da covid-19). Estamos analisando dia a dia se teremos que aumentar novamente esse número", informa Leonardo. 

O médico reforça que é necessária consciência da população sobre o atual cenário epidemiológico. "Precisamos da ajuda das pessoas. Não dá para aglomerar nem fazer encontros com pessoas fora do núcleo familiar. A pandemia não acabou, e isso que vemos agora com influenza também é reflexo da negligência dos cuidados por parte de muitas pessoas", acrescenta. 

Números da influenza no Recife 

Em 9 dias, a capital pernambucana viu os casos de gripe aumentarem de forma acelerada. Nesta segunda-feira (27), menos de dez dias após a confirmação dos seus dois primeiros casos, Recife totaliza 818 casos de influenza A (H3N2). O dado é da Secretaria Municipal de Saúde. Do total de confirmações, três deles evoluíram para óbito. Todas as mortes foram confirmadas por critério laboratorial. Os pacientes que foram a óbito tinham 46, 68 e 69 anos. 

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