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Se houver aprovação da Anvisa, Ministério da Saúde analisará uso da CoronaVac em crianças, diz Marcelo Queiroga em agenda no Recife

Ministro visitou, na tarde desta terça-feira (18), a Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife

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Cinthya Leite

Publicado em 18/01/2022 às 19:37 | Atualizado em 18/01/2022 às 21:25
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Em agenda no Recife nesta terça-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, conversou com jornalistas sobre o uso pediátrico da CoronaVac, que está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Eu já falei disso, vocês devem ter ouvido. A aprovação depende da Anvisa. Aprovando, o Ministério da Saúde vai analisar, como sempre fez", disse o ministro. A declaração foi feita durante visita que fez, na tarde desta terça-feira (18), à Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Na ocasião, ele conheceu o novo complexo hospitalar da instituição e recebeu o Prêmio Visão Social, da FAV.

O ministro destacou que, para se analisar o uso da CoronaVac em crianças, "é necessário que sejam apresentados os dados científicos e as pesquisas que são realizadas com esse tipo de imunizante, e não só com esse tipo de imunizante, mas com qualquer tipo". As informações enviadas à Anvisa e que baseiam o pedido de autorização para uso emergencial na população pediátrica incluem um dossiê de segurança com os dados de 211 milhões de crianças e adolescentes que receberam a CoronaVac na China e os dados de efetividade da vacinação com o imunizante no Chile, onde ele já foi aplicado em mais de 1,5 milhão de crianças e adolescentes. 

Na segunda-feira (17), a Anvisa realizou reunião sobre a vacina do Instituto Butantan. A atividade fez parte do processo de avaliação do pedido de indicação da CoronaVac para crianças e adolescentes na faixa de 3 a 17 anos. A agência apresentou parte da análise que está em andamento, realizada a partir de dados protocolados pelo Instituto Butantan. Foram discutidas também as novas fases da avaliação.

"Por se tratar de uma solicitação de autorização de uso emergencial, a decisão é tomada pela Diretoria Colegiada, com base em subsídios apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) e pela Gerência de Farmacovigilância (GFARM). Cada diretor irá elaborar seu voto e, caso haja maioria simples para a aprovação, o uso emergencial será concedido", informou, em nota, a Anvisa. 

Para o presidente do Butantan, Dimas Covas, a CoronaVac é necessária na imunização de crianças para conter a pandemia de covid-19. "Esta é uma vacina necessária neste momento. À medida que se completa a vacinação dos adultos, é preciso estender também para a população de crianças e adolescentes, a fim de conter a pandemia", explicou Dimas, em entrevista à CNN Brasil na segunda-feira (17). 

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