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Em Pernambuco, maioria dos mortos por covid-19 em janeiro não estava completamente vacinada

Entre os que morreram e estavam totalmente vacinados, 85% eram idosos

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 08/02/2022 às 18:50 | Atualizado em 09/02/2022 às 18:05
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Levantamento da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), entre os pacientes que foram a óbito pela covid-19 em janeiro, aponta que, de cada cinco pessoas que morreram pela doença, quatro não tinham tomado todas as doses necessárias da vacina. E, entre os que faleceram e estavam totalmente vacinados, 85% eram idosos, com mais de 60 anos, e 85% tinham comprovadamente doenças preexistentes. A análise foi detalhada pelo secretário Estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (8). 

Ao todo, foram 97 registros de óbitos pelo coronavírus no mês de janeiro deste ano, dos quais 77 pessoas (79,4%) não estavam com o esquema vacinal completo, com a dose de reforço. Desse total, 26 pacientes (26,8%) sequer tinham registro de vacinação, 11 (11,4%) só tomaram uma dose dos imunizantes e 40 (41,2%) não tinham tomado a dose de reforço. "Os estudos científicos foram evoluindo e mostrando a necessidade do esquema vacinal com duas doses (ou dose única) mais uma dose de reforço para população adulta, porque, alguns meses após as duas primeiras doses, há uma queda de nível dos anticorpos e, assim, a proteção fica prejudicada", afirma André Longo.

O secretário frisa que a terceira dose vem para proporcionar o aumento da quantidade de anticorpos no organismo, a fim de aumentar a proteção. "Mesmo assim, sabemos que um percentual, mesmo com todas essas doses, pode agravar pela questão da idade ou de doenças preexistentes. Mas, no geral, haverá uma boa proteção, evitando, principalmente, casos graves e óbitos. Esse levantamento só ratifica essa importância de tomar todas as doses preconizadas, incluso o reforço."

Em leitos de enfermaria e UTI

Além disso, entre os pacientes com exame positivo para a covid-19 e internados em leitos de enfermaria e terapia intensiva (UTI) da rede pública, 83% não estavam totalmente imunizados. É o que mostra a análise da SES, com dados do dia 31 de janeiro e por meio do cruzamento de dados da Central de Regulação de Leitos com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI).

Dos 384 pacientes, 146 (38%) não tinham registro de vacinação (106) ou estão com apenas com 1 dose (40), sendo 129 a partir dos 12 anos. Além disso, 173 (45%) tinham apenas duas doses ou a dose única, sem o reforço - neste recorte, 113 dos doentes (65%) tinham a partir dos 60 e já deveriam ter tomado a dose de reforço.

"Esses dados comprovam que as vacinas evitam casos graves e óbitos, além de ratificar a necessidade de estarmos em dia com todas as doses disponíveis. E volto a fazer um apelo aos pais, ou responsáveis. Ainda estamos com percentuais baixos na vacinação das crianças. Mas, para controlarmos o vírus, é muito importante vacinarmos os menores, até porque as crianças também podem desenvolver complicações e necessitar de hospitalização", sublinha Longo.

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