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Covid-19: cai para 69% ocupação de leitos de UTI públicos em Pernambuco

Atualmente, segundo dados da Central Estadual de Regulação Hospitalar, menos de 70% das 1.073 vagas públicas de UTI estão ocupadas em Pernambuco

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Cinthya Leite

Publicado em 19/02/2022 às 19:31 | Atualizado em 19/02/2022 às 20:06
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Os indicadores da covid-19, em Pernambuco, continuam em patamares elevados, mas o cenário atual sugere que o Estado passou pelo pico da onda da variante ômicron e chegou ao platô. Dados divulgados, na noite deste sábado (19), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), com base nos registros da Central Estadual de Regulação Hospitalar, mostram que atualmente 69% das 1.073 vagas de terapia intensiva (UTI) estão ocupadas por pacientes com sintomas da infecção pelo coronavírus. O índice corresponde à rede pública de saúde. 

No dia 1º de fevereiro, com o auge da disseminação da ômicron em Pernambuco, a taxa de ocupação de UTI chegou a 90%. Naquela data, eram 1.006 leitos públicos desse tipo. Desde a 6ª semana epidemiológica de 2022, que compreende o período entre os dias 6 e 12 de fevereiro, o governo do Estado avalia que vivencia uma desaceleração da variante ômicron, com queda no registro de casos. No entanto, o secretário André Longo tem reforçado que os indicadores continuam em patamares elevados. Foram 829 casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) nessa última semana, o que significa 60 casos a menos em relação à semana anterior. Já a positividade para a covid-19, entre esses casos graves, está em 44%. Nos primeiros dias de fevereiro, estava em 54%.

Em relação à solicitação por leitos, a Central Estadual de Regulação Hospitalar registrou, de 6 a 12 de fevereiro, 629 solicitações por leitos de UTI – 39 a menos do que na semana anterior, o que representa uma redução de 6%. "Estes dados apontam que passamos pelo pico desta onda da ômicron e chegamos ao platô, mas com indicadores ainda em patamares elevados. Para se ter uma ideia, neste momento, ainda temos mais de 800 pessoas internadas nos leitos de UTI da rede pública de saúde. Além disso, as mortes pela doença, que costumam atingir o teto duas semanas após o pico de contaminação, seguem crescendo”, destaca Longo.

O secretário também alerta para a chegada do período de sazonalidade das doenças respiratórias, o que deve impactar no cenário epidemiológico. "Temos uma preocupação adicional com o início do nosso período de sazonalidade das doenças respiratórias, no começo de março, e a possível introdução e circulação da nova subvariante da Ômicron, a BA2, que traz ainda mais incertezas", acrescenta. Ele ainda pede que a população não baixe a guarda. "É preciso muita cautela por parte de todos. A população deve fazer sua parte, cumprindo os atuais protocolos, evitando aglomerações, e se vacinando contra a covid-19."

 

 

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